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segunda-feira, dezembro 23, 2024

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Profissionais da Gazeta do Povo são alvo de reação do judiciário do Paraná

A Abraji publicou em 6/6 nota de repúdio sobre a retaliação de magistrados e promotores do Paraná ao jornal Gazeta do Povo e cinco de seus profissionais, iniciada no começo deste ano. Segundo a entidade, a atitude – que resultou até agora em 36 ações judiciais por danos morais – seria uma “reação a reportagens publicadas em fevereiro de 2016 sobre suas remunerações”. Estão na berlinda os jornalistas Chico Marés, Euclides Lucas Garcia e Rogério Galindo, além do analista de sistemas Evandro Balmant e do infografista Guilherme Storck. As ações correm em todo o estado, o que obrigou os profissionais a percorreram mais de seis mil km nos últimos dois meses, atendendo a 18 intimações. A iniciativa, ainda de acordo com a Abraji, foi coordenada pela Associação dos Magistrados Paranaenses (Amapar) e pela Associação Paranaense do Ministério Público (APMP). “Surpreende que os magistrados e promotores ignorem a jurisprudência sobre essa forma de assédio judicial”, diz a nota da Abraji, relembrando o caso da Igreja Universal do Reino de Deus, que acabou, em alguns casos, sendo condenada por litigância de má-fé. “Para a Abraji, os processos na Justiça não buscam a reparação de eventuais danos provocados pelas reportagens, mas intimidar o trabalho da imprensa e, por isso, são um atentado à democracia. A Abraji espera que as ações sejam julgadas improcedentes e a retaliação à Gazeta do Povo e a seus profissionais não continue. É inaceitável que magistrados e promotores coloquem o corporativismo acima de direitos fundamentais como a liberdade de expressão e o acesso a informações de interesse público”.

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