A Associação Brasileira de Imprensa protocolou no STF uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro pela informação de que ele e o filho Carlos pegaram a gravação das ligações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde ambos têm casa.
A gravação trata da visita de Élcio de Queiroz, um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), ao condomínio no dia do crime, em março de 2018. De acordo com o presidente, a ação foi feita para “evitar adulteração do conteúdo”.
Segundo o Poder360, o pedido foi encaminhado em 8/11 ao presidente do STF, Dias Toffoli, e tornou-se público nessa sexta-feira (15/11). O relator do caso será o ministro Alexandre de Moraes.
Na petição, a ABI afirma que Bolsonaro e Carlos “acessaram, em data ainda imprecisa, por meios impróprios, elementos probatórios de uma investigação criminal sigilosa e em andamento, os quais poderiam elucidar o iter criminis [N.daR: a sucessão dos vários atos que devem ser praticados pelo criminoso para atingir o fim desejado] percorrido pelos principais suspeitos do assassinato”. Segundo a entidade, a ação do presidente e de seu filho “carece de investigação”. Diz ainda que “é imperioso verificar quando e de que modo ocorreu o acesso” aos áudios, e se a Polícia já havia realizado a perícia do material, “o que até o momento segue sem razoáveis esclarecimentos“.
(Com informações do Poder360).