A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) solicitou o papel de “amigo da corte” na ação de Breno Altman no STF que pede a suspensão das decisões judiciais em processos movidos pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). O escritório Nicodemos Associados é autor do pedido ao ministro André Mendonça, em nome da ABI.
Além da exclusão de reportagens que criticam Israel, a Confederação Israelita pediu a suspensão das redes sociais do comunicador bem como a proibição de novas manifestações ou publicações de mesmo teor, sob pena de prisão preventiva. Em dezembro, a ABI já havia emitido uma nota em que classificava como intimidação os constantes ataques judiciais sofridos pelo profissional.
No pedido, a entidade, que atua em defesa da liberdade de imprensa, democracia, direitos humanos e direito à informação, argumenta que acredita também na liberdade de expressão. E destaca a proteção dela em tentativas de supressão, com assédios judiciais que prejudicam o exercício da profissão.
O texto cita que “as decisões objeto da presente demanda foram proferidas no contexto de uma verdadeira perseguição judicial pela qual vem passando o Reclamante, deflagrada por parte da Conib e empreendida em razão de suas críticas ao sionismo, à extrema direita, ao governo de Benjamin Netanyahu, ao Estado de Israel e ao massacre genocida israelense contra o povo palestino, com mais de 25 mil assassinatos, na maioria mulheres e crianças”.
A ABI também argumenta que a “presente temática possui relevância da matéria e repercussão social da controvérsia”, uma vez que aborda tema de relevância e impacto para todos os profissionais da função jornalística. E encerra justificando o pedido de participação devido à sua representatividade na luta pela liberdade de expressão e imprensa.
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