A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiou os ataques virtuais a Luiza Bodenmüller, de Aos Fatos. Ela foi vítima de uma campanha ordenada de ódio, xingamentos misóginos e preconceituosos e exposição de nome e cargo.
Em 26/9, Luiza usou seu perfil no Twitter para indicar filmes sobre a Suprema Corte dos Estados Unidos, citando a juíza Amy Coney Barrett, escolhida por Trump, como uma magistrada antiaborto, pró-armas e conservadora. No dia seguinte, recebeu diversos ataques e xingamentos.
A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) e o deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP) compartilharam em suas redes um post classificando a agência Aos Fatos como “esquerdagem do fatos (sic)”, o que ampliou a dimensão dos ataques.
Em nota, a Abraji escreveu que “considera inaceitável o assédio virtual venha de onde vier, mas é ainda mais grave quando mandatários e outras autoridades reproduzem alegações difamatórias, que buscam fragilizar e intimidar jornalistas mulheres. Instamos, ainda, as plataformas digitais a oferecerem uma resposta mais eficaz a esse tipo de ataque”.