A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vai monitorar durante um ano o bloqueio de jornalistas por autoridades públicas nas redes sociais. A ação, que vai durar até agosto de 2021, visa a buscar formas de impedir que políticos e gestores públicos restrinjam o acesso a postagens em seus perfis.
Segundo o artigo 19 do PL das Fake News, perfis de autoridades e órgãos públicos nas redes sociais são de interesse público e, por isso, não podem restringir o acesso de outras contas a suas publicações.
O presidente Jair Bolsonaro é uma das autoridades que bloqueia e segue bloqueando jornalistas e outros internautas em suas redes sociais. Em maio, a Abraji fez um levantamento sobre contas bloqueadas pelo presidente, e recebeu 28 denúncias. Os motivos para os bloqueios giram em torno de comentários, perguntas ou críticas que vão contra os pensamentos de Bolsonaro.
O monitoramento tem o apoio da Open Society. Para denunciar um bloqueio, basta preencher o formulário e anexar um print da tela que mostre a mensagem de bloqueio.