Faleceu na noite desta 2ª.feira (12/9), aos 67 anos, vítima de um incêndio em seu apartamento da av. Nilópolis, em Porto Alegre (de causas ainda desconhecidas), Maria Iara Rech, pioneira do Jornalismo de Economia no Rio Grande do Sul e que atuou, entre outros veículos, na Folha da Tarde (do Sul), nas revistas Veja e Exame, da qual foi editora, e na Gazeta Mercantil, onde ocupou o mesmo cargo na área de Projetos Especiais. Iara foi fundadora da Associação dos Jornalistas de Economia do Rio Grande do Sul e era ultimamente colunista do Coletiva.net. Deixa uma filha, Ana Paula, que mora na Austrália. Sobre ela, escreveu no Coletiva o amigo Arthur Monteiro, atualmente morando em Brasília: “Em menos de 20 dias, dois amigos queridos se vão. Por uma incrível coincidência, os dois, Riomar (Trindade) e Iara, me estenderam a mão, na mesma época, num momento difícil da minha vida em Porto Alegre: me ofereceram suas casas. Depois de uma semana no apartamento do gaudério, na rua da Praia, mudei para um hotelzinho da Acelino de Carvalho e foi lá mesmo pelo centro que dias depois cruzei com o Chico Pinedo, então marido da Iara, que me intimou a ir morar com eles. Lembro das manhãs, Chico saía para a MPM, ficávamos Iara e eu tomando chimarrão e batendo longos papos até quase meio-dia, quando ela saía para a Folha da Tarde e eu para a Folhinha. Cobríamos Economia juntos e ela, bonita, viva, rebelde, esperta, era a queridinha do setor formado apenas por marmanjos: Brenol, o Medina, o Ferreirinha, o João Paulo, Kolecza, o Xaxá. Nos finais de tarde nos reuníamos na Fiergs, para trocar figurinhas e ouvir as histórias do dia, que muitas vezes acabavam em sonoras gargalhadas. E que maravilhosa gargalhada tinha a nossa Iara. Quando ela e o Chico se mudaram me deixaram o apartamento, aliás meu último endereço em Porto Alegre. Nunca mais nos vimos, mas sua imagem continua pregada na retina, sua gargalhada ainda ressoa e seu gesto jamais será esquecido?. *Com a colaboração de Coletiva.net