Glenn Greenwald anunciou nessa quinta-feira (29/10) a sua demissão do The Intercept, publicação da qual é cofundador. Ele alegou que teve um artigo censurado por editores da versão norte-americana da página sobre o candidato à presidência dos Estados Unidos Joe Biden. “As mesmas tendências de repressão, censura e homogeneidade ideológica que afligem a imprensa nacional também engoliram a mídia que eu cofundei, culminando na censura de meus próprios artigos”, escreveu no Twitter.
Segundo Glenn, os editores do site estão apoiando Biden de tal maneira que não quiseram prejudicar o candidato com a publicação do artigo. “O artigo censurado, baseado em e-mails revelados recentemente e depoimentos de testemunhas, levantou questões críticas sobre a conduta de Biden”, disse.
Glenn escreveu um texto sobre seu pedido de demissão e publicou num site próprio, compartilhando também a troca de e-mails e a censura dos editores do The Intercept. O jornalista prometeu publicar o artigo completo de Biden em suas redes, e disse que o texto traz críticas sobre o candidato e seu filho, Hunter Biden.
Greenwald finalizou acrescentando que o conflito não tem relação alguma com a versão brasileira do serviço, que, segundo ele, continua tendo o seu respeito e que ele espera que continue sendo apoiada.
Segundo o Poder360, o Intercept publicou nota afirmando que a decisão de Glenn Greenwald de se demitir “origina-se de um fundamental desentendimento sobre o papel de editores na produção jornalística e na natureza da censura”.