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domingo, novembro 24, 2024

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As demissões anunciadas de Folha e JT

Os primeiros dias de julho foram tensos e tristes em duas das mais importantes redações de São Paulo, Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo. As estimativas dão conta de um corte total de 40 vagas, metade em cada uma das redações. Como as empresas não se posicionaram oficialmente, este não é um dado preciso, mas é o número que corria entre os colegas dos dois jornais e o que apurou Jornalistas&Cia. Com novo corte, JT passa a ter 50 integrantes na redação Novo projeto gráfico e fim da edição dominical devem ser anunciados em agosto Embora esperado, o novo corte de pessoal realizado pelo Grupo Estado no Jornal da Tarde nos últimos dias espraiou tristeza pela redação, tanto entre os que saíram quanto entre os que ficaram. E nem poderia ser diferente. Teriam sido 21 os postos de trabalho fechados, entre demissões, transferências e congelamento de vagas. Há também a informação de que o corte foi um pouco menor, 19 postos de trabalho. De concreto, já se tem conhecimento de oito demissões, quatro transferências e três vagas congeladas, o que totaliza 15 postos. O editor de Economia, Roberto Capisano Filho, foi o primeiro a ser comunicado. Depois dele consumaram-se as saídas de José Costeira (editor de Internacional), Gabriel Batista (pauteiro de Geral), Gislaine Gutierre (redatora de Geral), Saulo Luz (repórter de Economia), Suzane Frutuoso (repórter de Economia), Solange Spligliatti (internet) e Felipe Branco Cruz (repórter de Variedades). Os transferidos foram Glauco de Pierri, da primeira página do JT para Esportes do Estadão; Mariana Lenharo, da reportagem de Geral para o Vida&, do Estadão; Gisele Tamamar, da reportagem de Economia do JT para Pequenas e Médias Empresas do portal; e Felipe Tau, da reportagem de Geral do JT para o portal. Com o corte de pessoal, a redação do JT, que em dezembro de 2010 tinha 110 profissionais, foi reduzida, em um ano e meio, para 50, sendo que desse total apenas 30 são jornalistas ? os outros 20 atuam em funções acessórias. ?Foi uma adequação do produto à receita comercial? disse fonte da empresa a este J&Cia, salientando que ela aposta na retomada do crescimento de circulação com o novo projeto gráfico que deverá ser anunciado em agosto (seria agora em julho, mas em função desse ajuste ficou para o próximo mês). Uma das novidades dessa nova fase será a extinção da edição dominical, retomando a fórmula original do JT, que foi lançado e circulou por mais de três décadas de 2ª a sábado, descansando aos domingos (período em que o Estadão descansava às 2as.feiras). A ideia é reforçar a edição de sábado, caracterizando-a como de fim de semana. E a aposta é que ela possa ter um retorno comercial e de circulação que compense o domingo, que não teve o desempenho que se esperava desde que foi lançada, pouco mais de dez anos atrás. Sobre os rumores que sempre retornam ao Grupo Estado em períodos de turbulência como esse, de que o JT pode acabar, parecem continuar sendo apenas rumores. Na Folha, cortes objetivam reduzir 6% da folha salarial Se no JT as demissões já eram esperadas, pois a informação estava nos corredores do jornal, na Folha o novo corte surpreendeu. E teve início na 5ª.feira passada (5/7). J&Cia apurou que o corte deve atingir 6% da folha salarial do jornal, o que totalizaria 20 profissionais ? razão pela qual a opção foi por funcionários com salários maiores e com mais tempo de casa. A empresa alega dificuldades econômicas e necessidade de ajustar seus custos para fazer frente ao cenário que se avizinha. Outras medidas estão em estudo. Entre os que saem estão: Lucia Valentim, da Ilustrada; Vaguinaldo Marinheiro, repórter especial; Julio Veríssimo, da Agência Folha; e Lucio Vaz e Claudio Angelo, da Sucursal de Brasília. Também saiu Carolina Vila-Nova, da Internacional, cujos contatos pessoais são [email protected] e 11-8332-3631. Pegou carona no corte, como voluntário, o editor Ricardo Feltrin. E o fez para se dedicar a projetos no campo da literatura, um desejo de muitos anos. Mas ele se despede apenas do dia a dia e do cargo de editor, permanecendo como titular da coluna que leva seu nome no site de entretenimento F5, que criou, e do programa Ooops, transmitido pelo UOL ? ele também participará eventualmente de reportagens para o jornal. Feltrin contabiliza 21 anos de Grupo Folha, onde ingressou como trainée, na 9ª turma, em julho de 1991 ? seu período digital começou em 2001, como editor-chefe da Folha Online, onde em 2007 passou a secretário de Redação; em 2010 assumiu a Secretaria de Redação de Novas Mídias.

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