Na próxima 3ª.feira (16/2), Dia do Repórter, Belisa Ribeiro lança o livro Jornal do Brasil – História e memória, pela editora Record, às 19h, na livraria Argumento do Leblon (rua Dias Ferreira, 417). Ela mesma conta: “Tudo começou no almoço do Fiorentina de 2013 [NdaR: os ex-JB se reúnem a cada ano, no restaurante La Fiorentina, no Leme]. Tinha tanta história boa, que me deu vontade de contar, não só a história do jornal, mas as histórias das pessoas. Eles começavam, e aí não acabavam nunca. Não tinha certeza se era boa ideia fazer um livro sobre isso, e fui falar com Elio Gaspari, a minha referência. Quando entrei no JB como estagiária, ele era o editor de Política, e eu o via como um homem muito grande, um senhor importante. Sabe um jornalista de filme sobre o New York Times? Só depois percebi que Elio é poucos anos mais velho do que eu. Se não fosse boa ideia, me diria na hora para desistir daquilo. Mas ele falou: ‘Pega sua própria ideia. Pega dez ou 12 temas’. Foi o que fiz. A partir de edições importantes – o livro abre com a edição do dia seguinte à promulgação do AI-5 – e de temas como as imagens, o Caderno B, a reforma, são dez capítulos, e mais um sobre o fim do jornal impresso. Muita coisa boa ficou de fora. Me desculpo, no livro, com as pessoas, pelas histórias que não foram citadas. Fiz pesquisa e entrevistas durante um ano e meio. As pessoas diziam: ‘Fiz a matéria tal, no ano tal’. O título estava errado, a data estava errada, e eu ia procurar. Acho que vi umas mil coisas naquela hemeroteca da Biblioteca Nacional. Eles digitalizaram praticamente todas as edições desde a fundação do jornal, em 1891. O JB faria 125 anos agora em abril. Não é uma cronologia: o livro vai e volta. Circula entre dez momentos marcantes. São 404 páginas, com fotos também.” Em tempo: A propósito do JB, a 57ª Vara do Trabalho do Rio determinou o leilão da marca Jornal do Brasil, avaliada em R$ 3,5 milhões. O leiloeiro público Oferes Nacif conduzirá o leilão em 8/3 e, não havendo licitantes na ocasião, novamente em 22 de março.