Com quatro jornalistas assassinados, o Brasil é o quarto país do mundo com mais mortes desses profissionais em 2016, ficando atrás de México, que contabiliza 12 mortes, Síria (sete mortes), Iêmen (cinco mortes) e empatado com o Iraque. É o que mostra o relatório da organização Repórteres sem Fronteiras (Reporters Sans Frontieres – RSF), que mapeou 47 mortes de jornalistas no mundo em 2016, até 13 de outubro. A violência contra os jornalistas, a independência da mídia, o meio ambiente e a autocensura, o enquadramento legal, a transparência, a infraestrutura e a extorsão são critérios usados pela RSF para determinar o Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa, publicado desde 2002. No geral, o Brasil ocupa a 104ª posição entre os 180 países avaliados, caindo cinco posições em relação ao ano anterior. Segundo a RSF, a forte polarização política do País também tem contribuído para reforçar a insegurança dos jornalistas durante os protestos nas ruas de grandes cidades, pois os profissionais são insultados por manifestantes, que os associam diretamente às linhas editoriais dos principais meios de comunicação que eles representam.