Será lançado nesta 2ª.feira (28/11), na Saraiva do Shopping Eldorado, em São Paulo (av. Rebouças, 3.970 ? 1º piso), a partir das 19h, o novo livro de Carmo Chagas, que conta a luta vivida por sua esposa, Léa, pela vida. Lançado pela sua Textual Produção Editorial, Carmo conta que o título, Feliz de outro jeito, vem da frase que ela lhe disse quando soube que teria de amputar os pés: ?Até hoje fui feliz de um jeito; daqui pra frente vou ser feliz de outro jeito?. Com quase 50 anos de jornalismo, o mineiro Chagas esteve, entre outras, nas equipes fundadoras de Jornal da Tarde e Veja, foi editor-executivo do Estadão e assessor de imprensa do empresário Antônio Ermírio de Morais, quando candidato a governador de São Paulo. Como escritor, é autor de Três vezes trinta (1992), sobre seus primeiros 30 anos de jornalismo, Política, arte de Minas (1993), Vesgo: a longa jornada de um cão à procura de sua dona (1999), seu primeiro livro de ficção, e Essas Gerais (2009). Conta ele, na introdução de Feliz de outro jeito: ?Esta é uma história de amor com final feliz. No entremeio, houve dor, pranto, sofrimento, medo, uma tristeza que parecia não acabar nunca. No fim, vencemos a morte, com a força do amor e o poder da fé. Agora, e pelos próximos anos, nos adaptamos a uma nova realidade ? de limitação física, a sensibilidade permanentemente à flor da pele, a lágrima o tempo todo prestes a rolar, a nostalgia latente da mobilidade perdida. Em compensação, é uma nova realidade de maior consciência do valor da vida, de maior confiança na amizade, de felicidade serena, de convicção de que nunca devemos desistir, nunca devemos perder a esperança, mesmo quando tudo em volta induz à desistência, ao desespero. Esta é a história de uma linda mulher, pela qual me apaixonei à primeira vista, fascinado por seu sorriso carinhoso, comunicativo, pela sua morenice quente, por seus olhos de um verde luminoso, transparente, e por quem me encanto a cada dia pela beleza de sua alma, a generosidade em equilíbrio com o senso de justiça, e pela capacidade ímpar de enfrentar a adversidade sem perder a serenidade, sem abrir mão da elegância, da fineza. Ela hoje não tem os pés. Entretanto, quem a vê caminhar nem percebe que se equilibra sobre próteses. Quem a vê sorrir, autenticamente feliz, não se dá conta de como ela teria razões para ser amarga, revoltada. Esta é também a nossa história, minha, de nossas filhas Carolina e Juliana, e dos queridos amigos e parentes que nos ajudaram com calor, boa vontade, sentidas palavras de consolo e estímulo. Por fim, é ainda a história de um difícil caso médico. Outros haverá, por certo, até mais graves e dramáticos. Mas este foi sem dúvida um caso difícil, que os profissionais da medicina conseguiram resolver. Faço questão de assinalar que os profissionais da medicina aqui mencionados são todos: os médicos e as enfermeiras, os auxiliares de enfermagem e os fisioterapeutas, o pessoal da limpeza e o pessoal da recepção, o pessoal da administração e o do serviço social dos hospitais, do plano de saúde de minha mulher e das empresas de home care, de todos, enfim, que nos atenderam e atendem entre novembro de 2007 e os dias atuais?.