Carrie Gracie, correspondente da BBC na China, anunciou em 8/1 sua demissão em função da discriminação salarial entre homens e mulheres no consórcio dos meios de comunicação públicos britânicos.
Carrie, que trabalhou na BBC por mais de 30 anos, informou que a empresa pública vive uma crise de confiança desde que se viu obrigada, no ano passado, a revelar os salários de seus funcionários mais bem remunerados. “Os dados mostraram uma indefensável brecha salarial entre homens e mulheres que fazem o mesmo trabalho”, escreveu Gracie em um artigo em que anuncia sua saída.
Segundo os dados difundidos em julho passado, dois terços do pessoal que ganha mais de 150 mil libras por ano (US$ 203 mil) eram homens. A demissão de Gracie foi amplamente difundida nos noticiários da BBC, que se defendeu das acusações assegurando que não existe uma discriminação sistemática contra as mulheres em seu serviço.