Mas TRT-SP mantém decisão de reintegração dos demitidos
Os credores do Grupo Abril aprovaram o plano de recuperação judicial apresentado pela companhia em assembleia realizada na tarde dessa terça-feira (27/8), no Clube Homs, em São Paulo. O plano foi aprovado com 92% de representação no valor da dívida e 96% de representação no número de credores.
A Abril pediu recuperação judicial em 15 de agosto de 2018 para renegociar dívidas que somavam 1,69 bilhão de reais. Os credores da companhia estavam divididos em quatro classes: ex-funcionários, bancos, prestadores de serviço editorial e demais fornecedores.
O plano prevê a venda de três negócios da Abril: o imóvel onde está localizada a sede da companhia, na Marginal Tietê; imóveis localizados em Campos do Jordão, no interior do Estado; e a unidade de negócios Exame, que produz a revista, o site e o aplicativo da marca, além de responsável pela realização de eventos. Os valores arrecadados com as vendas serão destinados a pagar credores e empréstimos e, eventualmente, para o caixa da Abril. (Com informações de Exame)
Reintegração dos demitidos – A 6ª turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo julgou em 20/8 o recurso da Editora Abril contra a decisão em primeira instância que determinou a reintegração dos mais de mil funcionários demitidos de julho de 2017 a agosto de 2018. O órgão manteve a decisão, mas ainda cabe recurso ao TST.
Durante a audiência, Raphael Maia, advogado do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, fez a sustentação oral em nome dos jornalistas e destacou, entre outros argumentos, que entre os inúmeros dramas humanos envolvidos na demissão em massa, dois profissionais – Dagmar Serpa e Fábio Sasaki – morreram no curso do processo sem terem recebido em vida seus direitos de forma integral, enquanto os irmãos Civita, antigos proprietários da Editora Abril, blindaram seu patrimônio pessoal pelo processo de recuperação judicial e venda da empresa.
(Com informações do SJSP)