O Diário Popular, de Pelotas, circulou nesta quarta-feira (12/6) com a sua última edição, dando fim às suas atividades após 133 anos. A publicação era a terceira mais antiga do Brasil ainda em atividade e foi uma das pioneiras do jornalismo no Rio Grande do Sul. De acordo com Lucas Kurz, chefe de Redação da publicação, o Diário não terá continuidade nem em versão digital, encerrando assim por completo a sua atuação.

Em carta de agradecimento publicada na abertura da edição final, a diretora superintendente Virgínia Fetter agradeceu aos leitores e aos profissionais que passaram pela casa e explicou que a crise financeira agravada após o início da pandemia chegou a um patamar que tornou insustentável a manutenção da publicação. E os problemas causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul agravaram os problemas da empresa. Além disso, nos últimos anos, o jornal, em grave crise, teve que obter muitos empréstimos para manter as operações e honrar os compromissos com os profissionais.

“Estamos até hoje pagando caro o preço desses problemas. Agora, com as enchentes, fizemos o impresso apenas nos últimos finais de semana, em Cachoeira do Sul. Foi uma tentativa que não deu certo”, lamentou a empresária. Há 28 anos, Virgínia Fetter se dedicava ao Diário Popular, seguindo o legado da administração de seu avô, Adolfo Fetter, e de seu pai, Edmar Fetter.

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