* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro
Dorrit Harazim foi informada em 21/7 que é uma das vencedoras do Maria Moors Cabot deste ano, prêmio concedido pela Escola de Jornalismo da Universidade Columbia. No comunicado sobre o resultado, ela é descrita como “talentosa contadora de histórias” e responsável por “grandes contribuições ao jornalismo nas Américas”.
Dorrit tem quatro prêmios Esso, um Abraji e foi a primeira brasileira a ganhar o Gabriel Garcia Marques de Jornalismo, na categoria Excelência. Hoje colunista de O Globo, trabalhou nos principais veículos do País e esteve nas equipes de fundação das revistas Veja, em 1968, e piauí, em 2006.
Aos 74 anos, Dorrit comentou bem-humorada, para O Globo: “Para mim, receber o prêmio de jornalismo internacional mais antigo do mundo é duplamente saboroso: afinal, eu existo a meros cinco anos a menos do que ele…”. Como ela, este ano foram contemplados os americanos Nick Miroff e Mimi Whitefield e o argentino Martin Caparrós. A cerimônia de premiação será em outubro, em Nova York.
Em 2016 outro brasileiro já havia conquistado a premiação: Rosental Calmon Alves, fundador e diretor do Centro Knight para Jornalismo nas Américas, da Universidade do Texas. Criado em 1938, o MMC é uma das mais tradicionais e antigas premiações de Jornalismo nas Américas, e reconhece anualmente profissionais que se destaquem na integração e entendimento da região por meio de seus trabalhos. Esta será a 36ª conquista de profissionais brasileiros no concurso, em uma história que começou em 1941, com Paulo Bittencourt e Sylvia Bittencourt, do extinto Correio da Manhã, e que nos últimos anos reconheceu, entre outros, os trabalhos de Lucas Mendes (2015), Mauri König (2013), José Hamilton Ribeiro (2006), Miriam Leitão (2005) e Clovis Rossi (2001).