A ABI realizou em 26/4 sua eleição para Diretoria e Conselho. Dos três mil associados da entidade, apenas 201 (6,7%) compareceram para votar. A chapa única Prudente de Morais, liderada por Maurício Azêdo (que pela quarta vez concorreu à reeleição), recebeu 188 votos, 45 dos quais de integrantes da própria chapa; houve 12 votos em branco e um nulo. A eleição foi realizada sub judice, por determinação da juíza Maria da Glória Bandeira de Melo, depois que a chapa de oposição Vladimir Herzog entrou com uma ação para adiamento do pleito, alegando ter sido impedida de se registrar. A juíza manteve a data, mas colocou o resultado pendente do julgamento da ação, podendo ser ratificado ou anulado. Durante a semana, houve troca de farpas dos dois grupos pela internet. Enquanto a oposição conclamava os sócios, por e-mail, a se recusarem a comparecer, por considerar a eleição ilegítima, a situação divulgava em seu site um texto de Mário Augusto Jakobskind que conclamava ao comparecimento e continha, na plataforma da campanha, a promessa de que Azêdo “certamente dará agora espaço especial ao chamamento de novos jornalistas para integrar o seu corpo de associados, no propósito de preparar a ABI para ser o espaço de formação do futuro”. A Associação da Imprensa de Pernambuco divulgou o apoio às reivindicações da chapa Vladimir Herzog, com palavras de seu presidente Múcio Aguiar: “Acreditamos que a mudança nasce nas alternâncias das gestões (…), acreditamos que cada presidente eleito tem seu tempo, e um novo tempo começa agora”. Até que a ação seja julgada em definitivo, a oposição montou o blog www.chapavladimirherzog.blogspot.com.br e propõe aos interessados deixarem ali seus endereços para correspondência futura. Quem também se manifestou sobre as eleições foi Andrei Bastos, que publicou em seu blog e distribuiu aos amigos o seguinte texto: “O sonho do Azêdo é morrer como presidente da ABI, sua derradeira oportunidade de ‘entrar para a história’. Por isso, tentará se reeleger até conseguir. O problema é que, não largando a alça ‘do próprio caixão’, ele levará a instituição junto. Além disso, Azêdo e sua corte perderam a noção do ridículo e ficam ‘rasgando seda’ um para o outro, dando-se importância descabida. O problema é que, incapacitada e só preocupada em alisar os próprios egos, essa turma pra lá de provecta não tira a água do barco que está afundando”. Além da ABI, também esquenta a disputa eleitoral no Sindicato dos Jornalistas do Município, com votação marcada para julho próximo. Antes mesmo do registro formal das chapas, uma batalha epistolar pelo facebook ocorre entre atual diretoria, encabeçada por Suzana Blass, que responde agora aos ataques que Alberto Jacob Filho, presidente da Arfoc e diretor-secretário do próprio Sindicato, fez nos últimos meses.