O Jogral, de Luiz Carlos Paraná, foi uma casa de espetáculos paulistana que marcou época pela qualidade de seus comes e bebes. E dos espetáculos musicais, naturalmente. Muita gente boa passou por lá, de Martinho da Vila, Ismael Silva a Luiz Gonzaga.
Lá, Paulo Vanzolini dava uma de garçom e até se arriscava a cantar. Seu último diretor musical foi o maranhense Papete, que dava canjas etc.. Uma noite, feliz pela presença inesperada da cantora Carmen Costa, ele pegou o microfone e começou a dizer que ali, a seu lado, estava um monumento, uma deusa negra, uma brasileira de voz incrível, um exemplar raro de mulher etc..
– Ela gostou de tudo que eu disse, mas não de ser chamada de negra. Ficaram por mais de dois anos sem se falar.