A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (SJPDF) repudiaram os ataques do presidente Jair Bolsonaro à imprensa, ao ser questionado sobre as denúncias de tortura em presídios no Pará. A imprensa, segundo o presidente, é “fétida”.
O caso ocorreu em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, depois de uma pergunta feita por um repórter sobre a ação Ministério Público Federal do Pará, que pede a investigação de possíveis práticas de tortura na região.
“Meu Deus, eu não sou pastor, não” declarou Bolsonaro. “Meu Deus, salve, lave a cabeça dessa imprensa fétida que nós temos. Lave a cabeça deles. Que bote coisas boas dentro da cabeça. Que possam perguntar e ajudar a publicar matérias para salvar o nosso Brasil. Eles não viam problemas nos governos anteriores”.
Em nota, a Fenaj e o SJPDF repudiam a fala de Bolsonaro: “Nós, jornalistas, enfrentamos um brutal e sistemático ataque do próprio governo federal que vem no sentido de nos calar, a partir do crescente discurso de desconfiança e deslegitimação, que resulta em ataques verbais e físicos, perseguição e até mesmo assassinato de trabalhadoras e trabalhadores da nossa categoria”.
Leia a nota de repúdio na íntegra.