Eranildo Ribeiro da Cruz (ex-Tribuna Regional) foi assassinado em 6/9, aos 54 anos, na cidade de Monte Dourado, interior do Pará. Conhecido como “Chocolate”, o jornalista foi responsável por relevantes coberturas em assuntos de política e movimentos sociais na região, e no município Laranjal do Jari, no Amapá.
Por volta das 22h daquele dia, a Polícia Civil de Monte Dourado recebeu informações de que havia um corpo no interior de uma residência na área urbana da cidade. Os policiais encontraram o corpo de bruços, despido, coberto por um lençol, com braços amarrados para trás, um travesseiro sobre a cabeça, e com uma lesão no crânio, com sangramento.
Em entrevista ao Tapajós de Fato, Whisney Messias, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), amigo de infância de Eranildo, disse que “na gestão passada, ele foi agredido fisicamente pela ex-prefeita e seu marido publicamente, tendo seus equipamentos quebrados”. Ao ser questionado se o jornalista tinha inimizades declaradas, ou algum outro fato que pudesse justificar sua morte, Whisney relatou que “ultimamente, ele vinha fazendo a cobertura jornalística de fraude eleitoral na eleição municipal e denunciou a morte de um bebê por negligência da Prefeitura. [Inimizades] Declaradamente, eu não sei responder”.
Em nota, a Diretoria Executiva do Sindicato dos Jornalistas do Pará, sua Diretoria Regional do Tapajós e a Comissão de Liberdade de Imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará lamentaram a morte de Eranildo e afirmaram estar acompanham o caso, “em contato com os familiares e cobram uma investigação rigorosa do crime pela Polícia Civil”.
A motocicleta da vítima não estava na residência, bem como seu celular e sua câmera profissional. Eranildo foi visto pela última vez no dia anterior, por volta das 20h, sozinho, no Porto de Monte Dourado.
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