Marlyana Tavares, integrante da Assessoria de Imprensa/coordenadora do Portal e Redes Sociais do TJMG, diretora do blog de viagens De Saias pelo Mundo e diretora da MMTavares Comunicação, e a filha Joana Gontijo

O jornalismo sempre foi a minha paixão. Descobri a profissão quase por acaso. Não sabia o que queria fazer, até que um amigo me sugeriu tentar o vestibular de Comunicação. Fiz, passei e seis meses depois de formada comecei a trabalhar no antigo e hoje inexistente Jornal de Minas, onde muito jornalista teve o primeiro emprego. Minha filha, Joana Gontijo, tinha pouco mais de um ano. Pra falar a verdade, não sei como consegui conciliar a profissão com a maternidade – ela, tão pequenininha, e eu trabalhando em dois empregos.

Quando comecei, era máquina de escrever, laudas, pautas (no mínimo, três por dia) escritas pelo editor e entregues em mãos, um por um. Depois de sair para as entrevistas e com a matéria apurada, eu destruía algumas laudas antes de achar o lide que considerasse perfeito. E isso às seis da tarde, no meio da barulhada das máquinas e da falação de repórteres, editores e diagramadores que hoje não há mais nas assépticas redações informatizadas.

Pois a Joana desde muito pequena ia comigo para a redação do jornal Estado de Minas, para onde fui depois, e me contou que mais adorava ver descer e subir o pequeno elevador por onde eram enviadas, para a montagem, as páginas diagramadas naquele papel quadriculado com as fotos. Sim, ela pegou essa fase.

E pegou essa fase depois, adulta, quando entrou como estagiária no Diário da Tarde. Formada em Comunicação Integrada na PUC São Gabriel, ela iria finalmente trabalhar com os “amigos da mamãe”, agora de aprendiz. Confesso que não esperava vê-la com tanta disposição. Hoje perguntei a ela por que cursou Jornalismo. Ela me disse que nunca pensou em fazer outra coisa. Será que foi minha influência? Acho que sim, um pouco.

De lá, foi para a recém-criada plataforma online da empresa, o UAI. Hoje está no online e no papel e faz de tudo. Conta que uma das matérias que mais a emocionou, capa do Estado de Minas e do Aqui, foi reunir pai e filha que não se viam há 20 anos. Matéria para o Dia dos Pais.

É claro que ela sentiu a diferença entre trabalhar no impresso e no online, são linguagens e modos diferentes de fazer. Mas, no final, o que ela gosta, como diz, é de contar histórias e o jornalismo é seu caminho para isso.

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