Aproximam-se as eleições presidenciais no Brasil e, com elas, o temor de que se repita o que só foi constatado a posteriori nas eleições norte-americanas de 2016 e, ainda, no plebiscito britânico sobre a não permanência na União Europeia, o Brexit, no mesmo ano – a influência avassaladora das fake news. A chamada grande imprensa, principalmente impressos e tevês, montou equipes de checagem de fatos e dados. A imprensa alternativa, hoje concentrada na internet, une forças entre sites especializados e já reconhecidos na área do checking. Até as eleições, vamos acompanhar o que o jornalismo brasileiro faz para driblar a proliferação das mentiras.
Terezinha Santos, que se especializou em comunicação nas situações de crise, destaca a coluna de Pedro Doria no Globo de 30 de março. Nela, Doria lembra a cobrança sobre o Facebook e acrescenta: “Pois é. Ninguém cobrou nada do WhatsApp. E é lá o berço das fake news. São 120 milhões de contas brasileiras na plataforma”.
Breno Costa ([email protected]), fundador e editor do site Brio, além de colaborador do Intercept, propõe um crosscheck brasileiro, a nossa versão do consórcio feito entre jornais e outras plataformas de mídia para checagem e verificação de fatos na eleição francesa do ano passado. O trabalho é todo colaborativo: depende de uma concordância entre redações, já que elas validam as verificações umas das outras e há necessidade de um número mínimo de “oks” para que o conteúdo seja publicado.