Após semanas de tensão entre Google e Facebook, a empresa e o primeiro-ministro Scott Morrison chegaram a um acordo. Em negociação envolvendo diretamente Mark Zuckerberg, criador do Facebook, a gigante digital decidiu retornar com os links de notícias em suas plataformas. Em tentativa de transmitir um sentimento de paz, Morrison elogiou o envolvimento direto do fundador da empresa nas negociações.
Já o ministro do Tesouro, Josh Frydenberg, enfatizou as concessões feitas pela empresa: “O Facebook comprometeu-se a entrar em negociações de boa-fé com empresas australianas de mídia de notícias e buscar chegar a acordos para pagar pelo conteúdo, como desdobramento de negociações intensas comigo, com o primeiro-ministro e com o chefe do Tesouro. Concordamos em fazer alguns esclarecimentos ao código”.
Em entrevista ao Financial Times, John Kettle, sócio do escritório de advocacia australiano McCullough Robertson, disse que o acordo parecia ser um meio-termo para salvar a face da empresa. Mas entende que o governo havia afirmado sua autoridade e que o Facebook agora teria que fechar acordos com os fornecedores de notícias de maneira semelhante ao Google.
Segundo Kettle, a década de 2010 foi marcada pela preocupação com privacidade e tecnologia. E a de 2020 será marcada pelo debate envolvendo competição e tecnologia. Os sinais confirmam a tese, com outros países correndo para seguir o caminho da Austrália.
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