Sem aviso prévio, a Igreja Internacional da Graça de Deus, do bispo R.R. Soares, mantenedora da Faculdade do Povo de São Paulo (FAPSP), decidiu nessa 5ª.feira fechar a universidade e, com isso, extinguir os cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio, Televisão e Internet. Com isso, ficam sem escola mais de 400 alunos e, sem trabalho, perto de 100 profissionais, entre eles quase 40 professores. Segundo Patrícia Paixão, coordenadora do curso de Jornalismo, a decisão parece ter sido meticulosamente planejada para diminuir a repercussão externa: “Era o penúltimo dia de atividades. Chegamos para uma reunião de coordenação e fomos recebidos com as cartas de demissão e com exame demissional já marcado para o mesmo dia. Os alunos nem foram comunicados; simplesmente afixaram um aviso na entrada para informar do fechamento, sem mais explicações. Sei que a situação não está fácil para nenhuma empresa ou instituição, mas isso foi de uma canalhice sem precedentes. O que também machuca é que o projeto que desenvolvia foi o melhor dentre os de que participei em outras escolas”. Ainda sem ter muita noção das alternativas de caminhos a seguir, Patrícia diz que a situação é agravada não apenas pela crise econômica, mas pelo fato de ter ocorrido nesse período de festas de final de ano e sem que houvesse tempo para planejamento: “Embora já estejamos todos meio desmobilizados, principalmente os alunos, devemos nos reunir para decidir o que fazer”.