A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou em 12/3 a lista dos 20 Predadores Digitais da Liberdade de Imprensa de 2020, estudo que aponta as principais empresas, organizações e governos que atacam os jornalistas e ferem os direitos de liberdade de imprensa e de expressão ao redor do globo. O Governo Bolsonaro é um dos “predadores” da lista.
O levantamento classifica os integrantes da lista em quatro categorias: Perseguição, Censura de Estado, Desinformação e Espionagem e Vigilância. Segundo o estudo, por sua grande influência na internet e em meios digitais, esses “predadores” intimidam e silenciam os profissionais de imprensa que abalam a integridade dos poderes estabelecidos.
“Os homens fortes autoritários, que organizam a predação da liberdade de imprensa, estendem sua atuação no mundo digital graças a tropas de cúmplices, subordinados e reservas que também são predadores digitais determinados e organizados”, explica Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.
Classificado na categoria Perseguição, o Governo Bolsonaro aparece na lista como “O ‘gabinete de ódio’ de Bolsonaro”. O texto destaca os frequentes ataques do presidente do Brasil aos profissionais da imprensa nacional, citando nomes como Gleen Greenwald, Constança Rezende e Patrícia Campos Mello, que, por revelarem o que está “por trás das cortinas” do governo brasileiro, acabam sendo alvos de campanhas de ódio dos apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais.