In Press se estrutura como holding de comunicação e passa a atuar como um hub para marcas globais de PR do Grupo Omnicom O Grupo In Press e o DAS Group of Companies, divisão de agências de comunicação da Omnicom, acabam de anunciar o lançamento da FleishmanHillard Brasil. A FleishmanHillard é a maior operação de relações públicas do Omnicom e a terceira maior do mundo, com receitas de US$ 551 milhões em 2013, segundo o DataCenter do Advertising Age. Com isso, o Grupo In Press traz para o seu portfólio de negócios uma das mais importantes e reconhecidas agências de relações públicas do mundo, com 80 escritórios em 30 países, afiliados em outros 42 e uma lista de clientes que inclui corporações, governos e organizações. Seu primeiro escritório no Brasil está localizado em São Paulo, no mesmo prédio da Juscelino Kubitschek onde fica o escritório paulista da In Press, no Itaim, porém com operações inteiramente independentes. Tanto que para comandar a FleishmanHillard, que nasce no Brasil já com oito clientes (entre eles Philips, GoPro e Abbott), os sócios convidaram Junia Nogueira de Sá, profissional com larga experiência no jornalismo e na comunicação corporativa em 30 anos de carreira, com passagens por veículos como Folha de S.Paulo, Exame e Veja, e por empresas como Grupo Abril, Telefônica, Volkswagen, Fiesp e Governo de São Paulo. O anúncio surge quase um ano depois que outra notícia de impacto agitou o mercado das agências de comunicação. À época, o Grupo ABC, dirigido por Nizan Guanaes, adquiriu de João Rodarte o controle acionário da CDN, segunda maior agência de comunicação do País segundo o ranking do Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa, integrando ao portfólio do conglomerado uma operação de comunicação corporativa, até então inexistente. Desde então, o mercado manteve-se relativamente calmo e nenhum outro negócio de porte surgiu no horizonte, embora nos bastidores as conversas tenham prosseguido. Curiosamente, a principal parceira da FleishmanHillard no Brasil vinha sendo até aqui a CDN, mas o acordo estabelecido em 2002 nunca evoluiu para uma participação acionária. A parceria atende desde 2009 à conta internacional da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), e assim continuará caso vença a concorrência, que envolve ainda a FSB em acordo com a Burson-Marsteller (o órgão exige atendimento no exterior, por isso a necessidade de acordo externo). Com a efetivação do negócio, o Grupo In Press, presidido por Kiki Moretti, assume uma nova postura no mercado, de olho na liderança que hoje é da FSB Comunicações, de Francisco Soares Brandão, que faturou em 2013 R$ 164,3 milhões, muito à frente da segunda colocada, a CDN, com R$ 84 milhões, e da própria In Press, que ficou na terceira colocação, com R$ 80,7 milhões. Pelos números dá para imaginar a dificuldade que qualquer empresa individualmente terá para se aproximar e tirar a liderança da FSB. Por meio de crescimento orgânico no curto prazo isso é praticamente impossível, até porque a líder mantém um ritmo de crescimento excepcional e nada faz crer que diminuirá. A saída para uma aproximação, portanto, seria um crescimento por aquisição ou, como no caso da In Press, pela chegada de uma segunda bandeira de prestígio. Nada, em tese, deve mudar no posicionamento individual, mas obviamente que no conjunto os números podem surpreender, sobretudo se a nova agência obtiver um desenvolvimento rápido, como é o objetivo. Essa a razão maior de Kiki ter acertado a vinda da FleischmanHillard para o Brasil e para a bandeira Porter Novelli quando negociou a venda de parte do controle da In Press com o Grupo Omnicom/DAS: “Fiz ver a eles que tínhamos uma oportunidade excepcional de crescimento no Brasil, mas precisaria que houvesse forte investimento. Não queria apenas vender um pedaço da In Press, mas sim fortalecer nossa presença no mercado e buscar de fato a liderança. Daí a decisão de instalar a FleischmanHillard no Brasil, dentro do Grupo In Press. Claro que fomos favorecidos pelo nosso relacionamento de anos com o Grupo Omnicom e também pelo forte desejo que eles tinham de trazer a agência para o País”. As palavras de Jack Modzelewski, presidente para as Américas da FleishmanHillard, confirmam Kiki: “O mercado brasileiro era um dos nossos mais importantes objetivos internacionais. Nós tínhamos clientes em comum com o Grupo In Press, e não há dúvidas de que muitos outros vão querer trabalhar conosco no Brasil assim que souberem que a marca está chegando com força ao mercado, debaixo de uma holding renomada e respeitada. Queremos ser a escolha dessas corporações para atuar com elas dentro e fora do Brasil”. Nesse novo desenho, o Grupo In Press, que hoje conta com escritórios em Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, uma equipe de 470 colaboradores e cerca de 150 clientes, passa a ser formado por duas agências de comunicação globais full service – In Press Porter Novelli e FleishmanHillard Brasil – e quatro agências de serviços especializados – In Press Oficina (public affairs), In Press Media Guide (esportes), MAP (análise) e Vbrand (vídeos) –, além da iniciativa China Desk.