Prestes a completar 40 anos da morte de Vladimir Herzog, a cerimônia deste ano do Prêmio Vladimir Herzog – em 20/10, às 20h, no Tuca – promete ser especial. Além de celebrar os vencedores da 37ª edição do concurso, o evento também marcará o relançamento de Meu querido Vlado – A história de Vladimir Herzog e o sonho de uma geração, livro publicado por Paulo Markun originalmente em 2005.
A obra é um relato pessoal de quem sobreviveu aos porões da ditadura e também um minucioso trabalho de pesquisa e apuração de documentos do Dops (Departamento de Ordem Política e Social). Jornalista desde os anos 1970, o paulista Markun conheceu Vlado na TV Cultura, quando este era diretor de Jornalismo da emissora.
Apesar da diferença de idade – Vlado, 38 anos, e Markun, 23 –, tornaram-se companheiros também fora das redações. Ambos eram ligados ao Partido Comunista Brasileiro, e logo foram presos e convocados a depor pelos agentes do DOI-CODI. Markun, que também chegou a ser torturado, foi uma semana antes de Herzog.