A história desta semana é uma colaboração do decano dos repórteres brasileiros, José Hamilton Ribeiro ([email protected]), que dispensa apresentações. Se for da China… Não tive relação direta com o Diário do Povo, de Campinas, cuja edição impressa deixa agora de circular. Na verdade, o ex-governador paulista Orestes Quércia, tentando comprar esse Diário do Povo (que era muito antigo), rebarbou com a pedida muito alta. Achou ?mais barato? fazer um jornal novo, e nesse ? Jornal de Hoje, ou JH ? foi em que trabalhei. Com o correr do tempo, e a força do jornal novo ? que implantou off-set e computador na cidade, no que os outros jornais tiveram de segui-lo (com atraso) ?, o Diário do Povo ficou mais barato, e aí Quércia o comprou, ficando temporariamente com dois jornais, mas aí eu já não estava mais em Campinas. Mas tem uma história engraçada envolvendo o Diário do Povo comigo, de certa forma. O jornal que eu fui fazer (o JH) veio com tecnologia avançadíssima (para a Campinas de então) e com uma redação nova, com alguns nomes conhecidos. O dono do DP, temendo a concorrência, tratou de reforçar sua redação, com bons jornalistas de São Paulo, incluindo o Luís Nassif, sua irmã Maria Inês Nassif, o Zé Roberto (?Palito de fósforo?), Tomé (da área de Economia) e José Eduardo Freire, marido da Lia Ribeiro Dias, que foi nossa companheira no Sindicato, e outros também importantes. Ficou faltando um grande nome para dirigir a redação e o empresário pediu para a secretária ligar para um grande jornal na época e convidasse seu brilhante diretor, um dos papas da imprensa naquele período, para dirigir o DP. Dizem que a resposta do diretor foi esta: ?Convite para dirigir o Diário do Povo? Se for o da China, diga que aceito?.