Isabela Scalabrini deixou o Grupo Globo na semana passada, após 44 anos de casa. Em e-mail interno, o diretor de Jornalismo Ali Kamel contou que ela o procurou em 2020 para encerrar a colaboração com a emissora, mas os planos foram adiados para janeiro deste ano.
Isabela iniciou a trajetória na Globo em 1979, como estagiária, passando por todos os setores do Jornalismo. Um ano depois, assinou contrato com a emissora. Trabalhou na editoria Rio, conversando com bombeiros e policiais em rondas pelo telefone.
Posteriormente, trabalhou na equipe de Esportes. Kamel destacou que Isabela sofreu diversos ataques machistas e preconceituosos, “mas nunca deixou de noticiar algum fato e nem foi desrespeitada por jogadores ou treinadores. Nunca deixou de fazer reportagem esportiva por ser mulher”.
Na Copa do Mundo do México, em 1986, foi a ela que Maradona deu uma entrevista, que começou exclusiva, e depois virou coletiva, “a correria dos repórteres tentando alcançá-la”, destacou Kamel. Cobriu também as Olimpíadas de Los Angeles e de Seul, além de tragédias como a chacina da Candelária e o assassinato de Daniella Perez.
Em 1998, mudou-se para Belo Horizonte, onde ficou por 25 anos. Apresentou o MG TV de 1998 a 2019.