Francisco de Assis Ângelo é paraibano de João Pessoa, onde nasceu em 1952.
Iniciou a carreira profissional no jornal O Norte, no final dos anos 1960. Foi colunista e repórter dos jornais A União e Correio da Paraíba. Em meados dos anos 1970, editou o Diário do Agreste, em Caruaru (PE). Em 1976, mudou-se para a capital paulista e, a partir do ano seguinte, trabalhou nos jornais Folha de S.Paulo, Diário Popular e O Estado de S.Paulo. Neste último, ocupou a chefia da editoria de Política, em 1987.
Integrou os quadros das TVs Abril/Vídeo, Manchete e Globo. Foi correspondente, em São Paulo, do Jornal de Brasília e colaborador de inúmeras publicações brasileiras, entre as quais O Pasquim e A Tribuna da Imprensa, do Rio de Janeiro, Movimento, de São Paulo, e CooJornal, de Porto Alegre. Também foi colunista da Agência Estado e um dos criadores da Agência Brasileira de Reportagens (ABR).
Produziu e apresentou pela rádio Capital o programa São Paulo Capital Nordeste, que se tornou líder de audiência e referência nacional, por mais de seis anos. Em 1998, foi agraciado com o título de Cidadão Paulistano pela Câmara Municipal de São Paulo.
Participou do longa-metragem franco-brasileiro Saudade do Futuro, de César Paes e Marie-Clémence, premiado na Europa e Estados Unidos. Esse filme foi baseado em um dos seus livros, A Presença dos Cordelistas e Cantadores Repentistas em São Paulo.
Em 2000, lançou o CD Assis Ângelo Interpreta Poetas Brasileiros, ao lado de Zé Ramalho, Elba Ramalho, Jackson Antunes, Oswaldinho da Cuíca, Aleh Ferreira, Toninho Carrasqueira, Rodrigo Mattos e Ney Couteiro, entre outros artistas. Em 2004, foi lançado um DVD com o curta-metragem Boi, de Edu Felistoque e Nereu Cerdeira, com texto e narração de sua autoria. Como consultor participou de várias coletâneas musicais (LPs e CDs) e do filme Pelé Eterno, de Aníbal Massaini, em 2004.
Foi o autor dos textos da coleção Som da Terra, com 27 títulos sobre música caipira, da gravadora Warner/Continental, em 1994. Chefiou o Departamento de Imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e respondeu durante dois anos pela assessoria especial da presidência da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (Cptm), período em que promoveu dezenas de atividades culturais relacionadas à Cultura Popular, incluindo a literatura de cordel e a cantoria de improviso ao som de violas nordestinas.
Integrou a mesa de jurados de festival de repentistas em São Caetano, em 1989. Organizou e presidiu a mesa de jurados do 1° Festival de Repentistas da Rádio Atual, levando nomes da importância do compositor paulistano Paulo Vanzolini e do poeta Mário Chamie (1933-2011). Esse festival resultou em um LP, em 1989. Participou como jurado de grande encontro de Cultura Popular em Mauá, na Grande São Paulo, em 1990.
Lançou o livro A Presença dos Cordelistas e Cantadores Repentistas em São Paulo, em 1996. Escreveu textos e lançou a série de CDs O Que É… Repentismo, em três volumes, da coleção Primeiros Acordes, pela gravadora Copacabana, em 1996.
Coordenou e presidiu a comissão julgadora do mais importante Festival de Poetas Repentistas do Brasil (por seu tamanho, formato e repercussão), com classificatórias no Teatro da CPC/Umes, em São Paulo, cuja final ocorreu no Memorial da América Latina e resultou em três CDs, um duplo e dois simples, em 1997. O 2° Festival Paulista de Repente, da CPC/Umes lhe foi dedicado, em 1999.
Idealizou e realizou o 1º Concurso Paulista de Literatura de Cordel, que resultou na distribuição de 200 mil folhetos nas escolas públicas do Estado, em 2001. Também idealizou e realizou o 2° Concurso Paulista de Literatura de Cordel, com distribuição gratuita de 210 mil folhetos na rede pública de ensino do Estado, em 2003. Apresentou o programa Tão Brasil, pela allTV, a primeira tevê pela Internet do país, entre 2005 e 2007. E assinou a coluna diária no portal MusicNews, entre 2007 e 2008. Foi contemplado em dois editais da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que resultaram em dois CDs, em 2008.
Foi curador de um projeto sobre o ano de 1968, que incluiu uma exposição e um ciclo de debates no Centro Cultural do BNB, em Fortaleza, ao lado dos cantores, compositores e instrumentistas Sérgio Ricardo e Théo de Barros e do jornalista José Hamilton Ribeiro, no ano de 2008. Também respondeu pela curadoria do projeto realizado na Casa das Rosas e no Metrô (Estação Paraíso) em homenagem ao centenário do poeta Patativa do Assaré (1909-2002), que gerou o áudio livro O Poeta e o Jornalista, em parceria com a Universidade Falada e a Editora Hedra, em 2009.
Criou, mantém e administra, desde setembro de 2011, o Instituto Memória Brasil (IMB), para o qual doou seu acervo pessoal de centenas de entrevistas que gravou e documentou, além de milhares de discos, partituras livros, gravuras, cordéis, perfazendo mais de 150 mil itens. Com o IMB, materializou a exposição Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, patrocinada pelo Sesc, aberta entre janeiro e maio de 2012, resultado de uma pesquisa que desenvolveu por 22 anos. Na mostra, reuniu quase três mil canções com referências à capital paulista, feitas por cerca de sete mil autores.
Também através do Instituto, passou a publicar, em maio de 2012, a coluna semanal De Papo Pro Ar na newsletter Jornalistas&Cia e neste Portal dos Jornalistas, espaço em que narra causos reais e engraçados envolvendo artistas brasileiros. Lançou, também, a newsletter mensal Jornalistas &Cia – Memória da Cultura Popular, uma parceria que traz, na íntegra, uma das grandes entrevistas feitas pelo jornalista com ícones da Cultura Popular Brasileira, sempre com alguma explicação que contribua para contextualizar o trabalho.
Além disso, organizou, também por intermédio do IMB, em dezembro do mesmo ano, a exposição 100 Anos Luiz Gonzaga, na Livraria Cortez (SP), durante a qual lançou o livro Lua Estrela Baião, a História de Um Rei (Cortez, 2012), ilustrado por Luciano Tasso.
É membro do Conselho Editorial do jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, ao qual é filiado desde 1977. Tem sido jurado de importantes prêmios jornalísticos, como o Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Em outubro de 2013, mediou Rodas Gonzagueanas no Rio. O evento focou a importância de Luiz Gonzaga no cenário da música popular brasileira, no País e no exterior, e foi tema de bate-papos musicais que reuniram no Rio, com mediação e curadoria do presidente do Instituto Memória Brasil Assis Ângelo, poetas, compositores, intérpretes e músicos.
Agosto de 2015 em entrevista ao repórter Júlio Maria, do jornal O Estado de S.Paulo anunciou a sua intenção de dar prosseguimento à sua luta de digitalizar o seu acervo. Como pesquisador o acervo de Assis possui mais de 150 mil itens raros, entre discos de 78 rotações, LPs, livros e partituras.
Atualizado em agosto/2015 – Portal dos Jornalistas
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/assis-angelo-mediara-em-rodas-gonzagueanas-em-no-rio-em-outubro
Informações fornecidas pelo próprio
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