Carlos Alberto Tramontina nasceu em 11 de maio de 1956, em Adamantina (SP). Formou-se em Jornalismo pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap/SP), em 1977.
Começou a trabalhar como estagiário do Departamento de Imprensa da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP). Ao concluir a faculdade, entrou para a TV Globo (SP), como repórter do Bom Dia São Paulo. Além de produzir matérias, também participava do quadro Café da Manhã, em que personalidades de diferentes áreas eram entrevistadas.
Na década de 1970, com o maior investimento da TV Globo no Jornalismo em São Paulo, foi convocado a realizar matérias para os telejornais de rede, em especial para o Jornal Nacional. Desse período, destacam-se suas reportagens sobre a poluição na cidade de Cubatão, em São Paulo, e a cobertura das greves do ABC paulista.
Em 1986, tornou-se apresentador e subeditor do Bom Dia São Paulo. No final da década de 1980, assumiu o cargo de editor-chefe do telejornal, substituindo José Maria Santana. Um dos fatos marcantes de sua trajetória profissional ocorreu em 1992, durante as comemorações pelo aniversário de São Paulo, quando o jornalista ancorou o Bom Dia São Paulo fora do estúdio, direto do Parque Ibirapuera. A experiência, uma inovação no Jornalismo de TV Globo, fez sucesso e foi repetida no ano seguinte, na edição comemorativa dos 15 anos do telejornal: Tramontina apresentou o programa ao vivo, dessa vez, direto de um helicóptero.
Ainda na década de 1980, foi convidado a visitar diversas afiliadas da Rede Globo com o objetivo de auxiliar na formação de repórteres de rede. Em seguida, no início dos anos 1990, assumiu a apresentação do São Paulo Já, telejornal diário que serviu como piloto para o projeto da emissora de investimento no noticiário local. Com duas edições, de manhã e à noite, o São Paulo Já atingia cerca de 500 municípios paulistas e contava com a colaboração das emissoras afiliadas do Interior do Estado, garantindo um noticiário amplo e diversificado.
Com a entrada de Evandro Carlos de Andrade na direção da Central Globo de Jornalismo, em 1995, Tramontina voltou a produzir reportagens para os telejornais de rede. Três anos depois, assumiu a função de apresentador do SPTV 2ª Edição. No mesmo ano, convidado pela diretora da GloboNews, Alice Maria, tornou-se apresentador do N de Notícias, programa que discutia a principal notícia da semana sob a ótica do Jornalismo.
Em 2000, durante cerca de três meses, Tramontina assumiu interinamente a apresentação do Jornal da Globo, até a entrada de Ana Paulo Padrão. Em seguida, voltou a apresentar o SPTV 2ª edição, ao lado de Débora Menezes, e tornou-se apresentador e editor do Antena Paulista, programa exibido aos domingos com noticiário e reportagens especiais sobre São Paulo.
Em 1994, recebeu o Prêmio APCA de Melhor Apresentador do Ano, outorgado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. É autor dos livros: Entrevista – Arte e história dos maiores apresentadores da TV brasileira (Globo, 1996), A Morada dos Deuses – Um repórter nas trilhas do Himalaia (Sá, 2004) e Tietê – Presente e Futuro (Bei Editora, 2011).
Esse último livro registra os bastidores do projeto Rios de São Paulo, série de reportagens que a TV Globo veiculou em 2009, mostrando as agressões a que o Rio Tietê se submete em todo o seu trajeto. Por meio de um flutuador desenvolvido em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT-USP/SP), a equipe da Globo analisou a qualidade da água ao longo de 500 quilômetros do rio e apresentou a vasta galeria de personagens que vivem às suas margens. O projeto também abriu um debate sobre a forma como o País trata seus recursos naturais.
Gosta de cuidar da boa forma física. Além de alpinista – vide livro A Morada dos Deuses –, também é maratonista. Participou da Maratona Caixa Rio de Janeiro, em julho de 2010.
Em setembro de 2014 foi eleito entre ‘Os + mais admirados jornalistas brasileiros – Top 50’. Está pela segunda vez entre os eleitos do Prêmio Os +Admirados Jornalistas Brasileiros edição 2015. Realizada por Jornalistas&Cia em parceria com a Maxpress, a votação é feita dois turnos, abrange um colégio eleitoral integrado por 48 mil profissionais, sendo cerca de 3 mil da área de comunicação corporativa e 45 mil jornalistas de redações. Nesta segunda edição da premiação foram recebidas cerca de 8 mil indicações, abrangendo quase 3 mil nomes de jornalistas. Passaram para a final 347 jornalistas da etapa Nacional.
Atualizado em Janeiro/2016 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
Jornalistas&Cia – Edição 1028
Jornalistas&Cia Sp751 (julho/2010)
Jornalistas&Cia Sp791 (abril/2011)