14.02.12 – Cleide Silva, o universo automobilístico e suas coberturas emocionantes
Cleide Silva, repórter de Economia & Negócios de O Estado de S. Paulo, atua na imprensa automotiva há mais de duas décadas. Chegou a trabalhar como editora de Economia no Diário do Povo, de Campinas (SP), por três anos, mas foi exceção.
Natural de Santo André, começou a carreira no Diário do Grande ABC, imersa no intenso noticiário sindical do setor automobilístico da região. Nesta entrevista, além de passagens emocionantes do trabalho, revela: “Logo no início da profissão eu não tinha carteira de habilitação e arrumava desculpas cada vez que era convidada para algum test drive“.
Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva – Um carro inesquecível? Cleide Silva – Um Passat 1978, “cor de burro quando foge”, como diziam na época. Foi meu primeiro carro, adquirido já velhinho. Depois ele ficou muitos anos com meu pai, até ser vendido a um vizinho e roubado pouco depois.
J&Cia Auto – Um momento automotivo que marcou sua vida? Cleide – Prefiro trocar por “coberturas que me emocionaram”… A greve dos metalúrgicos quando a Ford demitiu trabalhadores às vésperas do Natal; os aposentados que voltaram a trabalhar na linha de montagem da Kombi; a viagem à Afuá, ilha do Pará onde é proibida a entrada de veículos e a população inventou um “carro” próprio juntando duas bicicletas; a primeira visita do Lula como presidente à fábrica da VW…
J&Cia Auto – Onde iniciou suas atividades nessa área? Cleide – No meu primeiro emprego em jornal diário, no Diário do Grande ABC, em 1989. Cobria a área sindical e fui escalada para acompanhar o setor automobilístico. Era uma tortura inicialmente, pois eu nem tinha carteira de habilitação e arrumava desculpas cada vez que era convidada para algum test drive. Fiquei três anos fora da área e retornei ao começar a trabalhar no Estadão, em 1997, onde estou até hoje.
J&Cia Auto – O que mais a impressiona na imprensa automotiva? Cleide – A capacidade dos profissionais em descobrir pautas criativas, mesmo quando o assunto parece ter se esgotado.
J&Cia Auto – Um profissional da imprensa automotiva para homenagear o segmento? Cleide – Há várias pessoas que admiro, muitas delas figuras constantes nessa coluna. Mas, vou citar algumas das mulheres que atuam no setor com muito profissionalismo e competência: Alzira Rodrigues, Helena Coelho e Marli Olmos.
J&Cia Auto – Livro de cabeceira? Cleide – Leio temas variados. Acabei de ler o 1808 e comecei o 1822, do Laurentino Gomes. Adoro quase tudo do Gabriel Garcia Marquez e do Fernando Morais. Fujo apenas dos de autoajuda e do Paulo Coelho.
J&Cia Auto – Time de coração? Cleide – São Paulo.
J&Cia Auto – O que mais gosta de fazer nos momentos de descanso? Cleide – Curtir a família, principalmente a criançada, viajar, ler, ir ao cinema, caminhar pelo sítio.
J&Cia Auto – Algum hobby especial? Cleide – Já tive várias coleções (selos, carrinhos, pôsteres), mas larguei mão. Infelizmente, não curto a prática de nenhum esporte.
J&Cia Auto – Tipo de música que mais aprecia? Cleide – Música brasileira de boa qualidade.
J&Cia Auto – Na televisão, qual programa predileto? Cleide – Jornalísticos.
J&Cia Auto – Quais os jornais e revistas de que mais gosta? E sites especializados? Cleide – Procuro ler os cadernos de economia de todos os grandes jornais, dou uma geral nos sitesespecializados de acordo com o tempo disponível no dia a dia, assim como nas principais revistas do setor.
J&Cia Auto – Um sonho por realizar? Cleide – Sinceramente, não tenho um específico.
Por: Heloisa Valente Foto: Tiago Queiroz
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