Dorrit Harazim nasceu em 1943, na Croácia. Começou a carreira jornalística em 1966 como pesquisadora da revista semanal francesa L’Express, em Paris (França).
Em 1968, foi convidada por
Mino Carta a se juntar à equipe da recém-lançada revista Veja. Foi repórter, editora e redatora-chefe da revista ao longo das décadas seguintes, chefiou o escritório da Editora Abril em Nova York durante cinco anos e recebeu 11 prêmios Abril de Jornalismo. Também trabalhou no Jornal do Brasil (RJ) nos anos 1970. Atuou também no jornal O Estado de S.Paulo (SP). Em 2006, juntamente com
João Moreira Salles,
Mario Sergio Conti e
Marcos Sá Corrêa, fundou a revista Piauí (SP). Foi editora da revista Piauí durante seis anos, de 2006 a 2012.
É Colunista do O Globo, no Rio de Janeiro desde 2005, página em que trata trata sobre temas variados, em sua maioria, política internacional. A partir de 2012 passou a escrever para a Revista Zum a publicação semestral do Instituto Moreira Salles dedicada ao universo fotográfico.
Estreou como roteirista no ano 2000, assinando os documentários A Família Braz e Passageiros, ambos produzidos pela VideoFilmes. Co-dirigiu, com Arthur Fontes, o documentário Dois Tempos, vencedor do prêmio É Tudo Verdade 2011. Dirigiu e roteirizou os seis documentários da série Travessias, exibida pela TV Cultura e GNT. Com a temática inicial no título abordou a Dor, o Medo, o Tempo, o Silêncio, a Vida e o Escuro.
Agiu como repórter em todos os postos que assumiu no Jornalismo, desde editora até revisora. Completou 40 anos de profissão em 2010. Destaca entre os momentos mais importantes da sua carreira a cobertura do golpe militar que derrubou Salvador Allende (1908-1973), no Chile, quando testemunhou o bombardeio do Palácio de La Moneda, e a queda das Torres Gêmeas de Nova York (EUA), no dia 11 de setembro de 2001.
Como correspondente estrangeira, cobriu a Guerra do Vietnã e a primeira Guerra do Petróleo nos Emirados Árabes, em 1972. Acompanhou quatro eleições presidenciais nos Estados Unidos. A longa experiência na cobertura de Olimpíadas de Verão começou em Moscou 1980, quando tomou contato com as inovações tecnológicas introduzidas no Jornalismo para acompanhar a competição, até chegar nas de Londres 2012, na qual completou a sua nona cobertura e acompanhou o ápice de uso das redes sociais.
Retratou em reportagens gente famosa, como os componentes dos Rolling Stones, Michael Jackson, Michael Jordan, e também de gente simples: ficou uma semana encarcerada no maior presídio feminino do País para fazer uma matéria.
Além dos já citados, recebeu diversos prêmios durante sua carreira, entre eles quatro
Esso de Jornalismo, ganhos no período em que trabalhava em Veja. O primeiro alcançado foi na categoria
Informação Esportiva, em 1984, com
Augusto Nunes,
Tales Alvarenga e
Maurício Cardoso, pela cobertura da Olimpíadas de Los Angeles. Em 1988 veio o
Esso de
Informação Científica ou Tecnológica, com a matéria
Choque com a vida, realizada em companhia de
Ademir Monteiro,
Heloisa Doyle,
João Carlos de Pádua,
Juliana Coentro,
Mariza Tavares e
Wagner Barreira. O
Prêmio Esso de Reportagem1994, ganhou com
Laura Greenhalgh e
Laura Capriglione, pela matéria
Mulher: A grande mudança no Brasil. Finalmente, o
Prêmio Esso Regional Sudeste 1995, veio pela matéria
Mulher, crime e castigo.
Esteve entre as 15 brasileiras agraciadas durante o 1° Encontro para a Cidadania Mundial, em 1996, no Parlamento Latino-Americano, por ter se destacado na luta para melhorar a situação das mulheres, recebendo o Prêmio Cidadania Mundial Comunidade Bahá´i do Brasil. Além disso, venceu o Comunique-se 2010, na categoria Cultura/Mídia, e foi a jornalista homenageada durante a cerimônia de abertura do 5° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em 2010.
Em julho de 2015 Dorrit venceu a 3ª edição do Prêmio Gabriel García Márquez de Jornalismo na categoria Excelência. O prêmio, organizado pela Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI). A entrega do prêmio ficou marcada para acontecer na cidade de Medellín, na Colômbia, em 30 de setembro.
A decisão do Conselho Reitor de entregar o prêmio a Dorrit foi unânime. Entre os motivos, eles destacaram a trajetória da jornalista de 72 anos, sendo 50 de carreira. O Conselho destacou “a grande versatilidade” e considerou Dorrit como “uma glória do jornalismo brasileiro”, além de elogiar o estilo de “jornalismo narrativo de longo suspiro reconhecido tanto no Brasil como na América Latina”.
Sobre a escolha, Dorrit disse ao Portal Imprensa: “O primeiro impacto com a notícia foi arrancar-me da zona de conforto. Como se sabe, ganhar prêmios é a parte saborosa, o difícil é merecê-los. Ter sido premiada por esses mestres de 10 países vai exigir que eu não mude o curso. Vou tentar honrar a honraria”, disse a jornalista.
Foi eleita em 2015 entre os ‘TOP 50’ dos +Admirados Jornalistas Brasileiros. A votação é realizada por Jornalistas&Cia em parceria com a Maxpress. E, resumindo os prêmios conquistados no ano Dorrit Harazim ganhou a 7ª posição, com 100 pontos, como repórter especial e articulista de O Globo e classificou-se entre os Top 10 do Ranking J&Cia dos +Premiados Jornalistas Brasileiros 2015.
Em fevereiro de 2016 foi lançada a agência de fact-checking – denominada Lupa – que chega com a disposição de colocar à prova o que for dito por políticos, ocupantes de cargos públicos, líderes sociais e celebridades, e checar a qualidade de produtos e serviços e a veracidade de slogans e imagens.
Na linha de frente da checagem estão Cristina Tardáguila, Juliana dal Piva, Pauline Mendel e Raphael Kapa. E entre um time respeitável de conselheiros incluiu no elenco Dorrit Harazim.
Quando surgiu o episódio do Panama Papers, em abril de 2016, com a investigação mundial e revelou as contas ocultas de chefes de Estado em artigo publicado no O Globo de 10/4 Dorrit mencionou o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) – com sede em Washington, nos Estados Unidos, e 20 anos de experiência na coordenação de trabalhos transnacionais – como a instituição a que recorreu Bastian Obermeyer, do alemão Süddeutsche Zeitung, para conseguir lidar com os 2,6 terabytes de dados que recebeu, no final de 2014, de um informante anônimo. Gerald Ryle, diretor do ICIJ, pretendia usar as informações no que chamou de “jornalismo responsável”, diferentemente dos WikiLeaks de Julian Assange e do material bruto que aparece na internet.
Atualizado em Abril/2016 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/os-brasileiros-na-investigacao-dos-em-panama-papers-em
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/porque-checar-preciso
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/domingos-peixoto-dida-sampaio-sao-os-mais-premiados-jornalistas-2015
Jornalistas&Cia – Edição 1028
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/em-os-cem-mais-admirados-jornalistas-brasileiros%C2%A0-top-50-em