Frei Betto

    Carlos Alberto Libanio Christo, Frei Betto, nasceu em Belo Horizonte (MG) no dia 25 de agosto de 1944.

    Aos 13 anos ingressou na Juventude Estudantil Católica (JEC) mineira e, em 1962, se mudou para o Rio de Janeiro (RJ) onde assumiu o cargo de dirigente nacional da entidade; nessa época passou a escrever os
    primeiros artigos sobre assuntos de religião e educação.

    Em 1964 ingressou no curso de Jornalismo da universidade do Brasil, no Rio, que abandonou no ano seguinte para retornar a Belo Horizonte onde ingressou na Ordem Dominicana.

     

    No ano seguinte estudou filosofia e antropologia em São Paulo (SP) onde iniciou a carreira como repórter na revista Realidade e no jornal Folha da Tarde. Naquele período ainda acumulou os trabalhos como freelancer para a revista O Cruzeiro e colaborou com diversas revistas católicas, como Vozes e Grande Sinal.

    Em 1968 se graduou em Filosofia em São Paulo (SP), porém, devido à perseguição da ditadura militar, não terminou o curso de Antropologia naquele período.

    No final da década de 60, após a decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), participou das atividades do grupo de esquerda Ação Libertadora Nacional (ALN) em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Por sua atuação contra a ditadura militar brasileira, foi preso na capital gaúcha. Trazido a São Paulo, permaneceu encarcerado por quatro anos. 

     

    Na prisão iniciou a carreira literária com a publicação de suas cartas de prisão (que trocou com familiares, confrades e amigos) entre 1969 e 1973. Essas cartas foram editadas na Itália com o título de “Nos Subterrâneos da História” e lançadas no Brasil em 1976, pela Editora Civilização Brasileira, sob o título “Cartas da prisão”.

    A partir de então Frei Betto passou a escrever romances, contos e ensaios, e se tornou um escritor em paralelo com as atividades jornalísticas como articulista na imprensa brasileira e estrangeira. Hoje, é autor de 53 livros, dos quais diversos editados também no exterior, o que lhe valeu vários prêmios literários.

    Como um dos defensores da Teologia da Libertação, durante a década de 80, participou da fundação e atividades de uma dezena de movimentos sociais e populares na região do ABC e na capital paulista, nos quais atuou como assessor de comunicação, coordenador e consultor. Entre eles: foi coordenador da Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais (ANAMPOS); participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central de Movimentos Populares (CMP); prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC, em São Paulo, ao Instituto Cidadania, também na capital paulista, e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) por todo o Brasil e países da América do Sul. 

     

    No período, atuou também como consultor nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Entre 1991 a 1996 integrou o conselho da Fundação Sueca de Direitos Humanos; e há cerca de uma década atua como membro do conselho dessas e de várias entidades dos segmentos.

    Como educador, atuou como professor ainda no cárcere, onde ministrou as disciplinas de física, química e biologia além da educação religiosa. Após a prisão, trabalhou também com educação popular, tema sobre o qual muito escreveu, inclusive livros.

    Durante todo esse período sempre escreveu artigos e crônicas para jornais, revistas, sites e blogs sobre religião, educação, política, ética, questões sociais e comportamento, entre outros assuntos.

    Desde a década de 1990 escreve artigos para os jornais Folha de S.Paulo e O Globo sobre esses temas; posteriormente foi articulista do Jornal do Brasil do Rio e de O Estado de S.Paulo (SP).

     

    Em 1997 passou a ser colunista da revista Caros Amigos de São Paulo, uma publicação jornalística, no qual permanece. Mais recentemente passou a ser articulista dos jornais Estado de Minas (BH), Correio Braziliense (DF), O Dia (RJ), além de escrever para dezenas de outros jornais, revistas, sites e blogs do Brasil e do exterior.

    De 2003 a 2004 atuou como assessor especial do Presidente da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero.

    Em 2006 foi um dos fundadores da revista trimestral America Libre, editada em espanhol, que dirigiu por dois anos e da qual foi articulista. O periódico é dedicado ao segmento de debates entre as posições democráticas e populares latino-americanas.

     

    Há mais de uma década integra o Conselho Estratégico do Instituto Faça Parte, na capital paulista; em 2006 foi um dos fundadores do Programa Todos pela Educação, na mesma cidade, e, desde 2007, atua como membro do Conselho Consultivo da Comissão Justiça e Paz, pertencente à Igreja da Arquidiocese de São Paulo (SP).

    Dono de uma destacada carreira literária, o frade dominicano ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) pela autoria do livro de memórias Batismo de Sangue (Ed. Rocco, 1982), na categoria Biografia e/ou Memórias; em 1986, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores (UBE), da qual recebeu o Prêmio Juca Pato pela obra Fidel e a Religião (Ed. Brasiliense, 1985); em 1998 venceu o prêmio de Melhor Obra Infantojuvenil com o livro A noite em que Jesus nasceu (Editora Vozes, 2000), concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 2005, o júri da CBL concedeu mais um Jabuti, dessa vez, na categoria Crônicas e Contos, pela obra Típicos Tipos – Perfis Literários (Ed. A Girafa, 2004).

    Por sua atuação em favor dos direitos humanos e dos movimentos populares recebeu mais de uma dezena de prêmios, troféus e homenagens, entre eles, vale destacar que em 2005, por iniciativa da UNESCO, Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o jornal Folha Dirigida Frei Betto foi eleito uma das 13 “Personalidades Cidadania 2005”. É ilustre participante de vários congressos e eventos nacionais e internacionais como as edições do Fórum Social Mundial.

     

    Frei Betto é filho do advogado e jornalista Antônio Carlos Vieira Christo e da autora de livros de culin&aamp;aacute;ria mineira Maria Stella Libanio Christo.

     

     

    Atualizado em novembro/2012- Portal dos Jornalistas.

    Fontes:
    https://twitter.com/freibetto, acessado em novembro/2012,
    http://www.ube.org.br/biografias-detalhe.asp?ID=1005, acessado em novembro/2012,
    http://www.cienciaefe.org.br/jornal/arquivo/betto/timor.htm, acessado
    em novembro/2012,
    http://www.nodo50.org/americalibre/, acessado em novembro/2012,
    https://docs.google.com/viewer?
    a=v&q=cache:e40SRdIPsgUJ:www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/definicoes/verbete_imp.cfm%3
    Fcd_verbete%3D5749%26imp%3DN+&hl=pt-
    BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESgBFX1V0rArKPnWfwZb23RlfItE1r24XyGKKM-
    NzuD6sJsCuwkd1KXWUammbQQ3vaVQsyBx5zpoN95by_SKCcL6TmZVBEUD0Mekc1wSGQWWrpchJmCq1CR4yv5Kda
    6iFMyx-Fej&sig=AHIEtbRRvbTyQTHa0_Vhu-eQC9Otps2HoQ,
    acessado em novembro/2012,
    Com informações fornecidas pela agente literária do jornalista em outubro de 2012.