Lula Marques nasceu em Brasília, Capital Federal/DF trabalhou durante 11 anos no Correio Braziliense onde passou por várias funções: foi contínuo na redação, arquivo fotográfico, laboratorista e repórter fotográfico.
Começou a trabalhar no Correio aos 14 anos, levado pelo irmão mais velho, Paulo, então editor de Fotografia do jornal.
Trabalhando no arquivo fotográfico, começou a se interessar pela futura profissão, mas a trajetória iria se mostrar cheia de imprevistos tristes. Usava a máquina do irmão Paulo, sempre que ela estava livre. O irmão veio a falecer num acidente de carro, em 1978.
Outro irmão o Sérgio foi convidado a trabalhar na fotografia por Tadashi Nacagomi, o novo editor de Fotografia. “Foi o Sérgio, recorda-se ele, quem me ensinou tudo sobre fotografia jornalística”. Resolveu encarar a profissão com garra quando houve uma demissão em massa no Correio. Dedicou-se a ser um grande repórter-fotográfico.
Mas veio destino e em 1987 o Tadashi, que nessas alturas já trabalhava na Folha, também morreu num acidente automobilístico e, conta Lula “eu fui convidado para ocupar a vaga”. Assumiu então na fotografia da sucursal da Folha em Brasília, onde em 2013 é coordenador de fotografia.
A dedicação valeu diversas premiações, como o Prêmio Folha de Fotografia de 1999, com um flagrante de Pedro Malan durante um desfile de 7 de setembro, em Brasília e o prêmio Esso de Jornalismo em 2000, com a foto que ilustrou a reportagem Conflito marca festa dos 500 anos, mostrando a violência policial contra os índios pataxós na comemoração de cinco séculos do descobrimento.
Como jornalista fotográfico Lula fez muitas matérias de Polícia, Cidade e, eventualmente, Esportes. Faziam parte do seu dia a dia. As coberturas de política eram as que mais exigiam um acompanhamento e conhecimento dos fatos mais importantes do momento, para garantir uma expressão ou um gesto significativo para o registro da história. “Todo um acontecimento deve estar contido numa só imagem”, confere ele. “Inclusive o clima reinante entre os presentes”.
Com a família Marques é coautor do título Caçadores de Luz – Histórias de Fotojornalismo, assinado por Alan Marques, Lula Marques e Sérgio Marques e publicado pela editora Publifolha, em 2008. Os três irmãos contam em detalhes e imagem como realizaram algumas das principais fotos de suas carreiras, que ilustraram as páginas dos principais jornais do país. Cada foto tem uma bela história inserida.
Participou também da 7ª edição do Imagem sem Fronteiras, como convidado especial, que deu a exposição o nome: Lula Marques – Um olhar Ético sobre o Fotojornalismo. Que foi aberta ao público em setembro de 2012, na Galeria Olho de Águia, em Taguatinga Norte.
No currículo das belas imagens clicadas por Lula, estão várias viagens nacionais e internacionais. Com foco na cobertura política, acompanhou de perto os presidentes da Nova República e importantes fatos ocorridos no Congresso Nacional, como a Constituinte de 88 e o impeachment de Collor.
Uma de suas fotos mais famosas é a do presidente venezuelano Hugo Chaves que no ângulo obtido por Lula Marques deu a impressão de que os detalhes na parede desfocados ao fundo, fossem as orelhas do Mickey. A imagem do Venezuelano como Mickey, irônica ao menos, foi reproduzida nos jornais de várias partes do mundo, em março de 2008.
Atualizado em março/2013 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
http://francazona.wordpress.com/2008/03/28/hermano-mickey/
http://www.folhapress.com.br/web/galeria/fotografo.php?cd_galr=138
http://photos.uol.com.br/materias/ver/67523