Márcio Antonio Blanco Cava, o Márcio ABC, nasceu em 1964, ano da implantação da ditadura militar no Brasil, em Lagoa Seca, bairro rural de Cafelândia, município paulista localizado na região de Bauru (SP). O nome de guerra surgiu em 1976, na sexta série escolar. “Foi assim: cansado de preencher os cabeçalhos das provas com meu nome na íntegra decidi abreviá-lo para Márcio ABC, sem os pontos entre as letras”, conta ele.
Aos 17 anos, em 1981, consolidou a decisão de prestar vestibular para Jornalismo. Começou a fazer Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Fundação Educacional de Bauru, em 1982; e continuou o curso na Universidade de Bauru. No mesmo ano começou a trabalhar durante o dia no Jornal de Cafelândia (SP) e estudar à noite em Bauru. Concluiu o curso em 1986.
Em Cafelândia, inaugurou em 1984, ao lado do companheiro Sérgio Bento, o jornal O Folheto. “Foi o primeiro jornal produzido em máquina de fotocópia, um equipamento da Xerox do qual tirávamos 300 exemplares por semana”, recorda-se. O jornal durou até 1987.
O primeiro emprego depois de formado foi no Diário de Bauru (SP), em 1987. Também naquele ano trabalhou na Assessoria de Comunicação da Universidade do Sagrado Coração (USC). Deixou o Diário e a USC, para assumir a secretaria de redação de O Imparcial, então o principal jornal de Presidente Prudente (SP), em 1988. Ficou pouco tempo por lá, de junho a setembro, quando se desligou e imediatamente passou a fazer assessoria de Imprensa durante a campanha eleitoral para a Prefeitura local.
Assumiu a chefia de Jornalismo da Lins Rádio Clube (SP) em 1990. Nesse mesmo ano, saiu da emissora e voltou para Bauru.
Lançou, ainda em 1990, a Página Um, uma agência de comunicação com o amigo Lourival Magnoni, que sobreviveu pouco tempo. No mesmo ano, começou a trabalhar como repórter da Veja Interior (SP). Atuou na revista durante três anos, com a coordenação da equipe de São Paulo.
Em meio à loucura do Jornalismo, em 1991 conheceu no Jornal da Cidade (SP) a jornalista Fernanda Villas Bôas, com quem se casou no ano seguinte e teve a filha Ana Clara.
Deixou a Vejinha em 1993 para iniciar um núcleo de Assessoria de Comunicação na Thomas & Associados. Também participou do programa de debates da TV FR (SP), afiliada da Rede Manchete em Bauru.
Assumiu em 1994 a editoria do Diário de Bauru, quando começou a reformular o “velho Diário”. O jornal, então, “tinha 800 exemplares impressos em máquina plana (em preto e branco), uma redação cheia de máquinas velhas de escrever e alguns poucos heroicos jornalistas. No final da década, eram 15 mil exemplares coloridos impressos em rotativas, uma redação informatizada e uma equipe com mais de 100 pessoas, entre jornalistas e profissionais de outras áreas”, avaliou. O Diário fechou no ano 2000. No mesmo ano começou a trabalhar na TV Modelo (SP): “Foi uma nova fase profissional”, diz. Na emissora passou por todos os cargos no Jornalismo: repórter, redator, secretário de Redação e editor; depois de chefiar várias equipes jornalísticas, começou tudo outra vez, na produção da emissora.
Em 2001 nova função: editor do portal iModelo, o braço da emissora na internet. Mais alguns meses, assumiu a coordenação de projetos web da TV Modelo, afastando-se parcialmente, depois de 19 anos, da atividade jornalística.
Lançou em 2002 a página na internet que assina com o próprio nome e o romance Parabala (Scor Tecci, 2002). Levou quase dois anos para escrever a obra. “Não foi numa paulada só. Pena que a vida passa e a maioria das pessoas não descobre o prazer de mergulhar nesse delicioso oceano azul que é a Literatura”, compartilha.Começou a dar aulas de Jornalismo em Catanduva (SP), no Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva (Imes-Fafica), em 2003. Em 2004 passou a dar aulas também na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), em Bauru.
Deixou a TV TEM (novo nome da TV Modelo) em novembro de 2003, mas foi recontratado em maio de2004 como comentarista do telejornal Tem Notícias 2ª Edição. Em novo desafio, em julho de 2005 foi para São José do Rio Preto (SP), onde participou da implantação do Bom Dia, o primeiro jornal da rede que começava no interior de São Paulo. Em outubro estava na montagem da equipe que estreou a segunda praça em Bauru. Foi comandado por Matinas Suzuki Jr. e J. Hawilla, sob a direção executiva de Flávio de Angelis.
Assumiu em 2008 a direção de redação da Rede Bom Dia de Jornais, onde ficou até agosto de 2011. Lançou mais três livros: Desrumos (Novo Século, 2010), Pater: Durante a era Collor, um drama entre pai e filho (Giz Editorial, 2012), e Na pele dos meninos (Kazuá, 2014).
Atualizado em Agosto/2014 – Portal dos Jornalistas
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