Mario Andrada e Silva ? ?É quase uma ofensa ao Jornalismo de Economia a minha inclusão em um livro com colegas tão ilustres. Apesar da minha formação acadêmica na FEA-USP, a porta de entrada que eu usei para o Jornalismo foi a área de esportes, mais especificamente a cobertura da Fórmula 1. Comecei na Folha de S.Paulo em 1988 e lá fiquei até meados de 1990. Deixei o jornal no cargo de editor de Esportes e, com exceção dos nove meses que passei como bolsista da Folha em Paris, cobrindo qualquer tipo de evento, o foco do meu trabalho sempre foi o Esporte. Deixei a Folha para voltar à Europa como correspondente do Jornal do Brasil em Londres. A F-1 seguia no topo, pole-position, das minhas prioridades profissionais, embora o meu mandato no JB fosse para uma cobertura geral, típica de qualquer correspondente internacional. No período em que estive em Londres, quatro anos, comecei uma longa e frutífera colaboração com a Rádio Eldorado. Em 1994, fui transferido pelo JB de Londres para Miami, abandonando então os laços com a F-1. Minha agenda nos EUA foi muito ampliada e nesta fase comecei a cobrir de forma mais continua o universo econômico. Após três anos em Miami com o JB e a Eldorado, passei a trabalhar na equipe brasileira da CBS Telenotícias como repórter e âncora. Voltei ao Brasil em 1999 como editor dos serviços domésticos da Reuters, nesta época iniciando o meu verdadeiro aprendizado no Jornalismo de Economia. Assumi, depois, o cargo de editor para o Brasil, passando a comandar o noticiário brasileiro da Reuters em três idiomas (português, espanhol e inglês). Em novo golpe de sorte, fui promovido ao cargo de editor para a América Latina, responsável então por todas as operações da Reuters na região.?
Extraído do livro Jornalistas Brasileiros – Quem é Quem no Jornalismo de Economia (Mega Brasil/Call Comunicações, 2005).