Maurício Lima é de São Paulo (SP), formou-se em Comunicação Social pela PUC-SP [1996-2001], com ênfase em História da Arte e Fotografia, em paralelo dedicou-se a estudos de fotojornalismo no Senac [1998].
Começou sua carreira em 1999 como fotógrafo estagiário do jornal Lance!. Um ano mais tarde, Mauricio foi convidado pela Agence France-Presse, para quem fotografou por quase 11 anos.
Tornou-se um dos mais atuantes – e brilhantes – fotojornalistas brasileiros. No começo de 2010, depois de seis coberturas no Iraque e uma na Faixa de Gaza, ele ficou 75 dias no Afeganistão. “Tudo já foi fotografado”, disse à revista Veja, ao repórter Alexandre Belém. “Não só no Afeganistão, mas em qualquer país sob olhar internacional. Meu interesse é mostrar com simplicidade que a vida segue, em seus diversos aspectos, mesmo sob ocupação militar.” Foi eleito pela revista americana Time como o melhor fotógrafo do mundo de 2010, atuando em agências internacionais.
Sobre o reconhecimento da revista americana "Time" disse à repórter Luiza Villaméa da revista Isto É, "Não fotografei nenhuma gota de sangue". Nessa sequência ficou famosa a sua foto Soldado afegão que foi comparada à do fabuloso Cartier-Bresson. A imagem mostra um soldado afegão que encosta o lançador de granada num canto de parede e entrega-se à oração, diante de um campo de papoulas.
Para confirmar a comparação Mauricio revela que escolheu a carreira inspirado pela obra dos lendários fotógrafos Henri Cartier-Bresson, Robert Capa e James Nachtwey.
No início de 2011 deixou a agência Agence France-Presse para seguir a carreira de modo independente. Documenta questões sociais e conflitos que possam se transformar em crises humanitárias, além da vida cotidiana que segue em paralelo a essas situações hostis, com sólidos trabalhos realizados em países como Afeganistão, Brasil, Iraque, Israel, Líbia, Portugal e Territórios Palestinos.
Maurício desenvolve projetos pessoais em paralelo a frequentes trabalhos realizados para o The New York Times. Suas fotografias têm sido publicadas nos principais veículos editoriais do mundo, como Time, The New York Times Magazine, Der Spiegel, Paris Match, Le Monde, entre outros, e entidades como ONU, UNICEF e UNIDIR.
Maurício traz na bagagem reconhecimentos do seu profissionalismo: foi finalista do prêmio Pulitzer em 2015 pelo trabalho realizado sobre o conflito no leste da Ucrânia, eleito Fotógrafo do Ano de 2015 pelo Pictures of the Year Latin America POY Latam e vencedor do Frontline Club London Awards 2015 pela documentação da crise de refugiados sírios na Europa.
Em 2005 foi o primeiro brasileiro a ser selecionado para o Joop Swart Masterclass (2005), o prestigiado workshop para talentosos fotógrafos até 30 anos, promovido pelo World Press Photo em Amsterdam.
Ele foi também o único brasileiro a receber o prêmio mais importante de fotografia na América Latina, concedido pela Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano Gabriel Garcia Márquez (México, 2004).
Dentre seus reconhecimentos, estão o Pictures of the Year International (EUA, 2004, 2011 e 2014), Festival du Scoop et du Journalisme d'Angers (França, 2003), UNICEF Photo of the Year (Alemanha, 2005), Prix Bayeux-Calvados das Correspondants de Guerre (França, 2006), PDN Photo Annual (EUA, 2013 e 2014), um dos fotógrafos do ano pela NPPA Best of Photojournalism (EUA, 2012), Pictures of the Year Latin America (2011 e 2013) e o China International Press Photo Contest (China, 2014 e 2015).
Em março de 2016 Maurício foi reconhecido em duas categorias do World Press Photo. Agraciado em Notícias Gerais e Vida Diária do prêmio. Na primeira, Maurício venceu com uma foto que revela um médico tratando as queimaduras de um jovem combatente do Estado Islâmico, perto de Hasaka, na Síria. Na categoria Vida Diária, ele ficou em segundo lugar com uma imagem (veja na ‘Galeria’ deste perfil) que registra a cena de crianças de uma tribo Munduruku saltando no rio Tapajós em Itaituba (PA).
Novo prêmio chegou em abril. Mauricio Lima foi premiado com o Pulitzer 2016, um dos mais importantes prêmios do jornalismo internacional. A obra foi vencedora na categoria de fotografia de notícias e o prêmio dividido com colegas por cobertura sobre a crise dos refugiados da Síria, do Iraque e do Afeganistão, que fogem dos conflitos e da violência em seus países rumo à Europa. A série de fotos foi publicada pelo jornal The New York Times e o anúncio foi feito durante uma cerimônia na Universidade de Columbia, em Nova York, 18 de abril de 2016.
Atualizado em Abril/2016 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/fotojornalismo/mauricio-lima/
http://docfoto.com.br/site/sobre/
http://www.istoe.com.br/reportagens/130040_NAO+FOTOGRAFEI+NENHUMA+GOTA+DE+SANGUE+
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mauricio_Lima_(fot%C3%B3grafo)