Mauro Santayana nasceu no Rio Grande do Sul, em 1932. É autodidata. Estudou apenas até o segundo ano do antigo primário, o equivalente ao atual terceiro ano do ensino fundamental. Ainda assim ocupou, como jornalista, cargos destacados nos principais órgãos de imprensa brasileiros.
Vencedor do Prêmio Esso de Reportagem 1971, com a matéria Assim começou uma guerra, na qual publicou extratos do diário de bordo do comandante do submarino alemão que afundou navios mercantes brasileiros e de passageiros na costa brasileira no início da Segunda Guerra Mundial.
Fundou, na década de 50, o Diário do Rio Doce, e trabalhou, no Brasil e no exterior, para jornais e publicações como Diário de Minas, Binômio, Última Hora, Manchete, Folha de S.Paulo, Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil, onde mantêm uma coluna de comentários políticos.
Em 1964, ano de golpe militar no Brasil, colaborava com o embaixador Mário Palmério (1916-1996), no Paraguai, nas negociações para a implantação da Hidrelétrica de Itaipu. Exilou-se, então, durante mais de dez anos, no Uruguai, no México, em Cuba, em Praga e na Checoslováquia. Trabalhou como jornalista e chefe das emissões em português da rádio Havana, em 1966, e como comentarista político da rádio Praga, entre 1968 e 1970. Em Bonn, na Alemanha, foi correspondente do Jornal do Brasil entre 1970 e 1973.
Cobriu, como correspondente, a invasão da Checoslováquia, a Guerra Civil Irlandesa e a Guerra do Saara Ocidental. Entrevistou várias personalidades que marcaram a história do Século XX, como Willy Brandt (1913-1992), Manuel Francisco Garrincha dos Santos (1933-1983), Dolores Ibarruri (1895-1989), Jorge Luis Borges (1899-1986), Juan Domingo Perón (1895-1974) e Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi diretor presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, na área Cultural. Amigo e colaborador de Tancredo Neves (1910-1985), contribuiu para a articulação da sua eleição para a Presidência da República, que permitiu a redemocratização do Brasil. Foi secretário-executivo da Comissão de Estudos Constitucionais e Adido Cultural do Brasil em Roma.
Compõem sua trajetória literária os livros A Tragédia Argentina – Poder e violência de Rosas ao Peronismo (Francisco Alves, 1976), Conciliação e Transição: As armas de Tancredo Neves (Paz e Terra, 1985), Dossiê da Guerra de Saara (Paz e Terra, 1987), Mar Negro (André Quicé, 2000) e Tancredo, O Verbo Republicano (Autêntica, 2010). Participou da obra coletiva Repórteres (Senac/SP, 1997).
Dividiu, até fevereiro de 2011, um blog com Villas-Bôas Corrêa e Wilson Figueiredo, no portal do Jornal do Brasil, onde publicava comentários sobre temas políticos em esferas econômica, política nacional e internacional, economia, crônicas de Minas e do Mundo. Publica, no mesmo portal, comentários na coluna Coisas da Política, nos quais percorre os mesmos temas, atento aos acontecimentos mais importantes do dia. Também escreve regularmente para a revista Carta Maior, onde é comentarista de televisão.
Em 2013 continua no comando da coluna Carta Maior onde escreve sobre política. Segue com a coluna Coisas da Política, veiculada pelo site do Jornal do Brasil online, além de manter o blog que assina com o próprio nome.
Atualizado em dezembro/2013 – Portal dos Jornalistas
Fontes: