Antonio Melquíades Júnior é natural de Limoeiro do Norte (CE). Formou-se em Jornalismo pela Faculdade Integrada do Ceará (FIC) e estudou Ciências Sociais na Universidade Estadual do Ceará.
É repórter especial do jornal Diário do Nordeste (CE) – do Grupo Verdes Mares –, correspondente de Limoeiro do Norte.
Com a série de reportagens Indíos do Ceará conquistou o título de Melhor Reportagem de 2008 no jornal Diário do Nordeste. Para realizá-la, percorreu mais de mil e cem quilômetros de carro, ônibus, moto e pau-de-arara entre os municípios de Caucaia, Fortaleza, Itarema e Poranga (Aldeia Cajueiro), já na divisa com o Piauí.
Manteve no UolBlog, de novembro de 2004 a dezembro de 2009 o Blog do Mel: Entre e acomode-se. Ganhou destaque quando seu post Quando a mídia contempla a miséria, de 2004 – refletindo sobre matéria sobre a miséria nordestina veiculada pela TV Globo –, foi publicado pelo jornal O Povo (CE), nos sites Rumbora e Observatório da Imprensa e foi comentado no programa de Alberto Dines na TV Educativa (RJ). “Ciente da obscuridade dos fatos relatados, a TV Globo, via TV Verdes Mares, fez nova matéria e nova abordagem, no mínimo coerente. Moral da história: A realidade não é tão romanticamente cruel”, comentou Melquíades Júnior.
Recebeu em agosto de 2012 a Comenda Márcio Mendonça – artista plástico limoeirense reconhecido internacionalmente por sua arte sacra, cusquenha – em sessão solene da Câmara Municipal, durante as festividades aos 115 anos de emancipação política de Limoeiro do Norte. Na ocasião, já se destacava pelas matérias sobre os problemas com a contaminação de agrotóxicos divulgados pelo Caderno Regional do Diário do Nordeste.
A detalhada apuração de informações, feita em parceria com a repórter fotográfica Waleska Santiago e com a supervisão da editora Maristela Crimpim, resultou na série de reportagens Viúvas do veneno, publicada em três edições do DN em abril de 2013. Além dos relatos das famílias, os repórteres tiveram acesso autorizado a prontuários médicos, estudos científicos em todo o País e documentos judiciais para contar uma história de contaminação e morte de trabalhadores rurais e familiares expostos ao uso abusivo de agrotóxicos nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Bahia (leia em Galeria).
Com a série, conquistou inicialmente a categoria Mídia Regional, depois a de Mídia Nacional e posteriormente o Grande Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade 2013. Além disso, teve-a escolhida como finalista do Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo de 2013 para a editoria de Sustentabilidade/Mudanças Ambientais, categoria Linguagem Escrita/Jornalismo Impresso/Nacional e Regional.
Com a série Excluídos, realizada com Maristela Crispim, Iracema Sales, Fernando Maia, Felipe Goes, Eduardo Queiroz, Alex Costa e Cid Barbosa, levou o Troféu Dom Hélder Câmara do Prêmio CNBB de Jornalismo 2014 e o Prêmio Anual de Jornalismo da Associação Cearense de Imprensa (ACI) 2014, além de menções honrosas em dois prêmios de Direitos Humanos das Organização dos Advogados do Brasil do Ceará e do Rio Grande do Sul, retratando para o DN a situação de quilombolas, índios e ciganos na região.
Paralelamente, coproduziu, com Waleska Santiago, o documentário Viúvas do Veneno (Sweet Venom), lançado em abril de 2016 na Comunidade do Tomé, na Chapada do Apodi (CE).
Em 2016, voltaria a se destacar, terminando o ano como Top 10 entre Os +Premiados Jornalistas Brasileiros e como O +Premiado Jornalista Brasileiro da Região Nordeste, segundo apuração do J&Cia. Faturou quatro prêmios no ano, todos individuais: o BNB de Jornalismo, na categoria Regional, e o CNH de Jornalismo Econômico, na categoria Agronegócio, pela matéria Orgânicos na mesa; o CNI de Jornalismo, na categoria Educação, com a série (Des)caminhos da escola, e o Petrobras de Jornalismo, na categoria Socioambiental Jornal/Revista, com a reportagem Parto dos anjos. Todo o material jornalístico foi originalmente publicado no Diário do Nordeste.
Atualizado em janeiro de 2017
Fontes: