Neide Duarte de Oliveira nasceu em São Paulo (SP), em 23 de março de 1951. Formou-se em Jornalismo pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap/SP), em 1974, e teve também uma sólida formação teatral, estudando com professores como Eugênio Kusnet, Sábato Magaldi, Lauro César Muniz, Dorothy Leirner e Marilena Ansaldi. Encenou peças importantes como O Banquete, de Mário de Andrade, dirigida por Myriam Muniz, e as As Criadas, de Jean Genet, com direção da Marilena Ansaldi.
No início dos anos 1970, começou a carreira no Jornalismo com passagens pelo Diário Popular (SP) e pelo Jornal da Semana (SP). Em 1974, foi para a TV Tupi (SP) para trabalhar como repórter, experiência que durou apenas alguns meses. Em 1977, foi convidada para integrar a redação da Folha de S.Paulo (SP), onde permaneceu até 1979, especializando-se em matérias de comportamento. Depois, passou a fazer reportagens como freelancer para O Globo, na redação de São Paulo, até ser convidada a integrar a TV Globo, em 1980.
Na TV Globo, consolidou a sua vocação para as matérias de comportamento. Durante 16 anos, trabalhou para praticamente todos os telejornais da emissora, como
Jornal Nacional,
Globo Rural,
Bom Dia Brasil,
Jornal Hoje e
SPTV. Além disso, destacou-se nesse período como repórter especial do
Globo Repórter e do
Fantástico, para onde foi levada por
Luiz Nascimento e
Hedyl Valle Júnior. Depois disso, ficou um ano e meio no SBT atuando como repórter especial nos telejornais
TJ Brasil e
SBT Repórter. Em 1997, realizou para a TV Cultura o documentário
São Paulo, Memória em Pedaços, em parceria com
Maria Cristina Poli.
De 1998 a 2005, passou a dirigir e apresentar o programa Caminhos e Parcerias, na TV Cultura de São Paulo. À frente desse programa, realizou um dos principais trabalhos jornalísticos de sua carreira, tendo obtido por ele diversas premiações, como o Prêmio Líbero Badaró e o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, ambos de 2000, o Prêmio Mídia da Paz e o Prêmio Ethos de Jornalismo, de 2001, e o Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho do IV Prêmio Imprensa Embratel, de 2002.
Em 2005, retornou à TV Globo de São Paulo, voltando a atuar como repórter especial dos principais telejornais da emissora, além de participar das grandes coberturas jornalísticas acontecidas desde então, como o acidente do avião da TAM em Congonhas, São Paulo, em 2007.
Publicou o livro Frutos do Brasil – Histórias de Mobilização Juvenil (Aracati, 2006). Produzida pela ONG Aracati em parceria com a Fundação Kellogg, a obra traz histórias reais de protagonismo juvenil recolhidas em viagem pelo Brasil, e que também resultou em um documentário dirigido pela repórter.
Em 2007, ganhou o
Prêmio Docol/Ministério do Meio Ambiente de
Melhor Reportagem de TV com a série
Cem Anos da Represa de Guarapiranga, produzida para o
SPTV. Em 2009, a repórter e a equipe do
Bom Dia Brasil viajaram durante 15 dias pelo País para produzir a série
Esperança, que mostrou ações sustentáveis dentro das comunidades e em prol do meio ambiente. Em 2010, produziu, junto com os repórteres
Edney Silvestre e
Marcello Canellas, o programa jornalístico
Brasileiros, que mostrou histórias de pessoas comuns que ajudaram a transformar a vida de sua comunidade.