Em agosto de 2014 em entrevista à Agência Repórter Digital Paula contou como surgiu o livro e como os três jornalistas trabalharam as informações.
A obra de 265 páginas, editada pela Record, mostra, antes de tudo, a capacidade do trabalho em equipe dos três jornalistas, os repórteres do O Dia, Leslie Leitão (Leslie já estava na Veja) e Paula Sarapu, e do Extra, Paulo Carvalho. Um trio de autores cujos talentos e fontes se uniram para a construção de uma reportagem magistral e trouxeram à tona aspectos pouco conhecidos do crime.
“Somos três jornalistas e acompanhamos o caso desde o início, quando Eliza Samudio acusou o goleiro Bruno de agressão e de tê-la obrigado a ingerir medicamentos abortivos. Estávamos em veículos concorrentes naquela época, em outubro de 2009. Paulo Carvalho trabalhava no Extra do Rio de Janeiro e foi o jornalista que gravou o vídeo profético em que Eliza denuncia o ex-atleta. Com a proximidade, passou a ser seu confidente. Leslie trabalhava comigo no Jornal O Dia, também do Rio, e descobriu o desaparecimento da modelo, nove meses depois. Embora tenha sido o último a entrar no caso, foi para ele que a delegada Alessandra Wilke afirmou que Eliza estava morta e que Bruno era o principal suspeito, um furo nacional. Entre um fato e outro, me aproximei de pessoas muito próximas a Bruno, como suas mulheres, seu segurança, familiares e amigos de infância. O mesmo ocorreu com Macarrão”.
Quanto à logística da elaboração do livro Paula disse: “juntamos as apurações de quase quatro anos porque nos completávamos. Durante a produção do livro, a distância, já que eu morava em BH, que poderia ser a maior dificuldade, foi compensada pela ajuda da internet e a troca de (muitos) e-mails. Dividimos os assuntos e, num rodízio, complementamos o material do outro. Tivemos muito cuidado para não haver rupturas na narrativa e estilos de escrita diferentes. Eu consolidei todo o material e revemos tudo junto, antes de entregar Indefensável ao editor”.
Paula Sarapu – Indefensável é um trabalho de fôlego, de apuração intensa e muitos de detalhes, mas, na verdade, as críticas de jornalistas e de alguns leitores fizeram essa relação. Essa comparação, claro, é uma honra para nós. Eu, pessoalmente, gosto muito deste livro. Sobre cinema, estamos conversando… Mas, sim, é
Existe uma possibilidade dessa história macabra vir a se tornar um filme ou um seriado, sobre isso Paula afirma que não existe nada resolvido, apesar de entender que “é uma obra que cabe perfeitamente nas telonas e seriados de TV pelo ritmo frenético que ela narra”.
Leslie é o único que ainda escreve para um veículo. Paulo e eu trabalhamos atualmente como assessores de imprensa, conclui.