Paula Sarapu

    Paula Sarapu Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 27 de outubro de 1980. Estudou Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ).
     
    O primeiro emprego no Jornalismo foi como estagiária na Assessoria de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, onde assessorava diretamente o então governador, Anthony Garotinho. Em seguida, atuou como assessora de Imprensa na Secretaria de Estado de Comunicação Social (RJ). Em outubro de 2001, fez um estágio no jornal Folha Dirigida, onde, posteriormente, foi contratada como repórter do caderno de Educação.
     
    Entre 2004 e 2006, trabalhou como assessora de Imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro e como repórter do caderno de Cidades e Economia do Jornal do Commercio. Em 2006, foi repórter especial do caderno de Polícia do jornal O Dia, onde permaneceu durante cinco anos cobrindo fatos criminais, judiciais, assuntos relacionados à segurança pública, sistema penitenciário, investigações policiais, dentre outros.
     
    Na época, foi agraciada com vários prêmios pelos trabalhos desenvolvidos no periódico. São eles: o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo 2008, pela cobertura do assassinato do menino João Hélio (João Hélio, um anjo pela paz); o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 2010, com o caderno especial Diários da Liberdade; e o Prêmio Internacional de Excelência Jornalística da Sociedad Interamericana de Prensa 2011, com a série de reportagens sobre a retomada do Complexo do Alemão, com Adriana Cruz, Isabel Boechat, Maria Inez Magalhães e outros.
     
    Recebeu, em fevereiro de 2011, um convite para participar da equipe de repórteres do jornal Estado de Minas, em Belo Horizonte (MG). Mudou-se para a capital mineira e onde atuou como repórter do caderno Gerais, cobrindo os principais assuntos referentes à Região Metropolitana de Belo Horizonte.
     
    No jornal Paula continuou na cobertura do crime do qual o goleiro Bruno era acusado de participação como mandante da morte de Eliza Samudio. Numa das reportagens no Tribunal do Júri de Contagem, em Minas Gerais reencontrou-se com os jornalistas Paulo Carvalho e Leslie Barreira Leitão que trabalhando em jornais diferentes estavam também à frente do' caso Bruno'. Em novembro de 2012 eles decidiram juntar as apurações de quase quatro anos e as transformaram no livro Indefensável – o Goleiro Bruno e A História da Morte de Eliza Samudio.

    Em agosto de 2014 em entrevista à Agência Repórter Digital Paula contou como surgiu o livro e como os três jornalistas trabalharam as informações.

    A obra de 265 páginas, editada pela Record, mostra, antes de tudo, a capacidade do trabalho em equipe dos três jornalistas, os repórteres do O Dia, Leslie Leitão (Leslie já estava na Veja) e Paula Sarapu, e do Extra, Paulo Carvalho. Um trio de autores cujos talentos e fontes se uniram para a construção de uma reportagem magistral e trouxeram à tona aspectos pouco conhecidos do crime.

    “Somos três jornalistas e acompanhamos o caso desde o início, quando Eliza Samudio acusou o goleiro Bruno de agressão e de tê-la obrigado a ingerir medicamentos abortivos. Estávamos em veículos concorrentes naquela época, em outubro de 2009. Paulo Carvalho trabalhava no Extra do Rio de Janeiro e foi o jornalista que gravou o vídeo profético em que Eliza denuncia o ex-atleta. Com a proximidade, passou a ser seu confidente. Leslie trabalhava comigo no Jornal O Dia, também do Rio, e descobriu o desaparecimento da modelo, nove meses depois. Embora tenha sido o último a entrar no caso, foi para ele que a delegada Alessandra Wilke afirmou que Eliza estava morta e que Bruno era o principal suspeito, um furo nacional. Entre um fato e outro, me aproximei de pessoas muito próximas a Bruno, como suas mulheres, seu segurança, familiares e amigos de infância. O mesmo ocorreu com Macarrão”.

    Quanto à logística da elaboração do livro Paula disse: “juntamos as apurações de quase quatro anos porque nos completávamos. Durante a produção do livro, a distância, já que eu morava em BH, que poderia ser a maior dificuldade, foi compensada pela ajuda da internet e a troca de (muitos) e-mails. Dividimos os assuntos e, num rodízio, complementamos o material do outro. Tivemos muito cuidado para não haver rupturas na narrativa e estilos de escrita diferentes. Eu consolidei todo o material e revemos tudo junto, antes de entregar Indefensável ao editor”.

    Paula Sarapu – Indefensável é um trabalho de fôlego, de apuração intensa e muitos de detalhes, mas, na verdade, as críticas de jornalistas e de alguns leitores fizeram essa relação. Essa comparação, claro, é uma honra para nós. Eu, pessoalmente, gosto muito deste livro. Sobre cinema, estamos conversando… Mas, sim, é

    Existe uma possibilidade dessa história macabra vir a se tornar um filme ou um seriado, sobre isso Paula afirma que não existe nada resolvido, apesar de entender que “é uma obra que cabe perfeitamente nas telonas e seriados de TV pelo ritmo frenético que ela narra”.

    Leslie é o único que ainda escreve para um veículo. Paulo e eu trabalhamos atualmente como assessores de imprensa, conclui. 

     

     
     
    Atualizado em Fevereiro/2015 – Portal dos Jornalistas/MG
    Fonte:
    Informações iniciais fornecidas pela própria jornalista
    http://www.agenciareporterdigital.com.br/home.php?Digital=lermateria&materia=2872#.VNkGuubF9ps