Úrsula Vidal vive e trabalha na capital paraense. Nascida em 26 de janeiro de 1972 em Recife, Pernambuco, filha de João e Elizabeth, dois paraenses que militaram na Aliança Libertadora Nacional e passaram a viver na clandestinidade nos anos de chumbo da Ditadura Militar. A família só voltou a Belém quando ela completou 2 anos, com o pai preso e a mãe grávida de seu irmão Yuri. Viveu uma infância marcada pelo olhar de quem sofre com a exclusão, a injustiça e a necessidade de lutar.
Aos 15 anos descobre a força da comunicação social, atuando como locutora da Rádio Liberal FM e duas outras rádios locais. Aos 17, parte para o primeiro desafio na TV: apresentar o Jornal Cultura da TV Cultura, de Belém.
Formou-se jornalista, iniciando o curso na UFPA e encerrando na Faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro. Durante os 8 anos em que viveu no Rio, trabalhou na TV Globo, no programa Fantástico e na Rede Globo News; no canal de TV por assinatura Telecine (canais Globosat) e na TV Educativa. Atuou como repórter, apresentadora e editora cobrindo os principais Festivais de Cinema do país e os bastidores de grandes produções do cinema brasileiro.
Fez cursos intensivos com grandes mestres do documentário. Entre eles, Eduardo Coutinho, João Moreira Salles e Walter Lima Jr. Foi quando descobriu o documentário como forma de expressão de seu potencial criativo. No ano de 1999, dirigiu o documentário Marias e Josés de Nazaré, que aborda a maior festa religiosa do país: o Círio de Nazaré. O filme rodou diversos festivais e foi exibido em emissoras no Brasil e em Portugal.
No mesmo ano, recebeu um prêmio da Fundação Itaú Cultural com o projeto “A Caravana do Brega”. Em 2004, dirigiu o curta-metragem Aparência Nada +.
De volta a Belém desde 2000, cidade das mangueiras, em 2001, ela assumiu a Edição Regional do jornalismo do SBT. Em Belém, foi apresentadora e editora regional do Jornal SBT Pará. Há 13 anos, apresenta, roteiriza e dirige o programa Etc & Tal, exibido aos sábados na emissora exibido pelo SBT.
Em entrevista ao Portal IMPRENSA, em 2008, Úrsula falou dos prazeres e das dificuldades de se fazer telejornalismo na Amazônia. Para ela, trabalhar na região é estar “no lugar certo, na hora certa”. A editora do SBT Belém admite, no entanto, que a distância e a falta de infraestrutura encarecem e dificultam a cobertura local, mas afirma que o jornalismo televisivo está em “franca expansão” no Pará. Fato que, na opinião dela, “é bom para os profissionais, para o mercado e para os telespectadores”.
Em 2012, ainda produzindo documentários, mergulhou num tema estratégico para entender o novo modelo de governança no mundo. Fez uma especialização em Sustentabilidade na Fundação Dom Cabral, em Minas Gerais.
Em março de 2014, começou a filmar o documentário Catadores de Sonhos, sobre a vida dos catadores que trabalham no segundo maior lixão do Brasil: o Aterro do Aurá. O documentário Catadores de Sonhos foi lançado em novembro de 2015 na Escola Municipal Parque Bolonha, em Águas Lindas. O trabalho de Ursula e Homero Flávio, conta a história dos quase 2 mil catadores que trabalhavam no “Lixão do Aurá”.
Recebeu um convite em 2014 para encarar “o maior desfio de sua vida”: enfrentar uma candidatura a Deputada Estadual pelo PPS, com o apoio da REDE. Aceitou inicialmente, mas acabou não se candidatando. Marcou presença ativa na campanha.
Em 2015 foi eleita entre os ‘+Admirados Jornalistas Brasileiros’ além de ser destacada em 5 º lugar na lista dos 10 mais admirados da Regional Norte.
Atualizado em novembro/2015 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
http://paramais.com.br/documentario-catadores-de-sonhos-e-lancado-neste-sabado/
https://vimeo.com/ursulavidalfortunato
www.itaucultural.org.br/explore/rumos/artista/?ed=708&artista=556