Verônica Xavier Dantas nasceu em 26 de agosto de 1968, em São Paulo, SP. Concluiu o curso de Jornalismo em 1993 pela FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado), em São Paulo, SP: ?Mas costumo dizer que minha escola foi o jornal O Estado de S. Paulo, para onde fui no primeiro ano da faculdade (em 1990) trabalhar como telemarketing receptivo no departamento de publicidade. Atendia reclamações de agências, quando anúncios não eram publicados, tinham de ser compensados quando saíam com erros etc.?
Em 1991, no segundo ano da faculdade, publicou a primeira matéria dela, no caderno de Turismo do Jornal da Tarde: ?Ainda trabalhava na publicidade, mas fui em férias para Natal, RN, e ofereci a pauta para o editor?. Depois de publicar a matéria em Turismo do JT, passou a colaborar com o caderno Viagem, de O Estado de S. Paulo: ?Fazia matérias de aventuras (rafting, rapel e trekking) e cheguei a fazer duas viagens internacionais, uma para Vermont, EUA, e outra para a Costa Rica, além de várias dentro do Brasil. Até então ainda era funcionária da publicidade, mas já ocupava outra vaga, a de diagramadora da publicidade, o que me permitia ter contato com as duas redações. Em 1993, ano em que me formei, fui contratada como repórter do caderno Seu Bairro, do Estadão. Fiz parte da primeira equipe do caderno, na época vinculado ao caderno Cidades?.
Ficou no Seu Bairro até dezembro de 1996. Dois meses depois, estava no próprio escritório de comunicação dela, que montou com uma amiga de Relações Públicas: ?Tinha 28 anos, muita determinação, mas pouco dinheiro. Ficamos com a sociedade durante um ano. Ela continua com a Paradigma Assessoria de Comunicação até hoje e a amizade também continua, mas um ano foi tempo suficiente para perceber que eu gostava mesmo era de reportagem?.
Depois de rápida passagem pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Município de São Paulo (Sinpeem), foi contratada em abril de 1998 pela Gazeta Mercantil para trabalhar no então caderno Grande São Paulo, de onde saiu para trabalhar como repórter no Japão.
De agosto de 2001 a agosto de 2002 escreveu para o Tudo Bem, um jornal voltado à comunidade brasileira que vive no arquipélago japonês: ?Cobria as províncias da região de Kanto e me concentrava principalmente em Gunma (onde eu morava), Tochigi e Ibaraki, as províncias com maior concentração de brasileiros na região de Kanto. Embora escrevesse para brasileiros, cheguei lá com um japonês suficiente para não passar fome e ir aos lugares onde precisava para apurar matérias… No único dia de folga que eu tinha na semana evitava ficar apenas com brasileiros, porque queria aproveitar a oportunidade de estar lá para conhecer mais sobre os costumes japoneses. Fui sozinha a museus em Tóquio e de cidades do interior… a restaurantes cujos cardápios nada me diziam… conversei com pessoas que nunca mais verei. Tudo isso, para aprender um pouco sobre os costumes de um povo diferente e que me fascina. Foi uma fase difícil, principalmente por não ter qualquer ascedência nipônica, mas de muito aprendizado?.
Na volta ao Brasil, colaborou com duas revistas brasileiras do Japão durante mais de um ano e também com a revista Horizonte Geográfico. Em janeiro de 2004, começou na área de Projetos Editoriais do Valor Econômico para organizar seminários. Em fevereiro de 2005, passou a editora-assistente.
Antes de tanta aventura no Japão, a timidez dela a impediu de seguir a carreira artística: ?Fiz um curso de teatro em 1990, primeiro ano da faculdade e cheguei a fazer uma apresentação no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), na capital paulista, mas a timidez foi maior que a vontade de enfrentar uma platéia e decidi continuar amando o teatro longe do palco?.
Extraído do livro Jornalistas Brasileiros – Quem é Quem no Jornalismo de Economia (Mega Brasil/Call Comunicações, 2005).