Em nota conjunta, a Comissão de Empregados da EBC, os sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas de DF, RJ e SP, e a Fenaj criticaram nessa terça-feira (14/4) a TV Brasil por ser usada como palanque político-religioso pelo presidente Bolsonaro, que, no domingo (12/4), promoveu uma “celebração de Páscoa” em videoconferência com líderes evangélicos, transmitida ao vivo pela emissora e seus canais nas redes sociais. Para as entidades, a pretensa “celebração religiosa” na verdade foi um ato de apoio político ao presidente, que vem descumprindo protocolos de saúde pública usados em todo o mundo nesse momento de pandemia do coronavírus.
Segundo a nota, a transmissão desse proselitismo político-religioso marca o mais grave momento de instrumentalização da TV Brasil desde que a direção da EBC promoveu a fusão da emissora estatal NBR com sua emissora pública, a TV Brasil, em abril de 2019. Desde então, a emissora vem sofrendo com diversos casos de censura apontados pelos jornalistas da casa, retirou do ar programas culturais e focados em diversidade e oferece em sua programação apenas a versão do Governo Federal dos fatos, sem espaço para o contraditório ou críticas às ações Poder Executivo.