Jornalistas de revistas e jornais da capital paulista paralisarão suas atividades nesta quarta-feira (10/11). O movimento, que terá início às 16h, com duração de duas horas, é uma resposta da categoria ao não atendimento dos pedidos de recomposição salarial, em uma negociação que se estende por mais de cinco meses com os sindicatos patronais.
A decisão veio após assembleia virtual realizada na manhã desta terça-feira (9/11) pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), encontro que contou com a participação de mais de 250 jornalistas.
Dentre as demandas da categoria, está a recomposição salarial em função da inflação de 8,9%. Na reunião com os sindicatos patronais, realizada um dia antes, o reajuste proposto pelas empresas chegou a esse patamar apenas para salários de até R$ 5 mil. Nas demais escalas o reajuste proposto foi de 6%, para salários de até R$ 7 mil, e de 5%, para vencimentos superiores a esse valor.
“O que a gente está pedindo na verdade é não ter arrocho salarial, não ter perda no nosso poder de compra”, explica Thiago Tanji, presidente do SJSP. “A gente vê o preço do aluguel subindo, o preço da passagem de ônibus, da gasolina e do mercado aumentando muito mais que 8,9%. Por isso o, que a gente reivindica na verdade, é apenas conseguir manter minimamente o nosso poder de compra e que nosso salário não seja corroído pela inflação”.
Segundo Tanji, uma nova contraproposta foi aprovada e enviada às empresas. “Esta primeira paralisação, mesmo que por um período de apenas duas horas, tem uma importância muito grande, pois é algo que há tempos não acontecia em São Paulo. Ela é a prova de que a categoria precisa se unir para conquistar o que é seu de direito”, conclui.
Uma fonte do Portal dos Jornalistas informou que tanto a Folha quanto o Estadão pressionam os editores para que não adiram e que diversos jornalistas estão publicando em seus perfis no Twitter hashtags de apoio ao movimento.
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