Dez anos antes da morte do cantor e compositor Belchior, em abril de 2017, o artista desapareceu. Foi quando Jotabê Medeiros iniciou a pesquisa para um livro sobre o autor de clássicos como Velha roupa colorida, Alucinação e Como nossos pais, além de Apenas um rapaz latino-americano (Todavia), que lhe dá o título.
Foram dezenas de entrevistas com parceiros musicais, amigos de infância, familiares e produtores de seus discos. Ex-CNT/Gazeta, Veja São Paulo, Folha de S.Paulo e Estadão, Jotabê só não conseguiu falar com o próprio Belchior, mas já o localizara em Santa Cruz do Sul (RS), onde morreu, aos 70 anos.
Segundo contou ao repórter Ivan Finotti, da Folha, só faltava a última página: “Seria minha tentativa de encontro com ele”. Como o rompimento da aorta do cantor chegou antes, a página se transformou no capítulo final, Inmemorial, em que Jotabê descreve os velórios em Sobral e Fortaleza, o enterro e os estranhamentos entre Ângela Belchior, irmã, e Edna Prometheu, mulher que acompanhou o artista nos anos de ostracismo.
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