O The Intercept Brasil publicou em 25/1 uma reportagem expondo que a Jovem Pan utiliza inteligência artificial para plagiar textos. A denúncia foi encaminhada por profissionais recentemente dispensados na onda de cortes da empresa.
Em 3/1, a Jovem Pan desligou quatro repórteres dos 11 jornalistas restantes na redação. De acordo com os ex-funcionários, as dispensas estão ligadas à plataforma Samy News, que através da inteligência artificial procura conteúdos produzidos por outros veículos, realiza alterações e os publica sem dar crédito aos reais autores. Ainda segundo eles, para despistar tornou-se responsabilidade dos profissionais checar as cópias das notícias de outros portais antes que fossem publicadas.
Buscando manter o portal de notícias ativo em meio à crise financeira causada por perdas de verbas públicas e cotas de publicidade privadas, a Jovem Pan teria recorrido à ferramenta de plágio para gerar cópias de postagens em alta velocidade. Com as investigações, o Intercept produziu um levantamento que revela que cerca de 66% do material presente no portal não é autoral.
Segundo o desenvolvedor da plataforma, o cientista de dados da Semantix Luiz Fernando Simões Favaro, ela foi criada a pedido de Samy Dana como prestação de serviços de sua empresa e de seu sócio, o ex-apresentador da Globo Dony de Nuccio. Contudo, ele nega que ela produza plágios.
Em resposta ao Intercept, o advogado da Jovem Pan comunicou que o veículo de fato incorpora em suas atividades sistemas de inteligência artificial, porém somente como auxilio nas produções de conteúdo e que, portanto, isso “jamais pode ser interpretado como plágio”.
Direito de resposta
A assessoria de imprensa do escritório Natal&Manssur, responsável pelo atendimento jurídico da Jovem Pan, nos procurou pedindo direito de resposta sobre a matéria do Intercept repercutida acima.
Reproduzimos à seguir a Nota Pública na íntegra:
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