Faleceu nesta terça-feira (23/7), aos 78 anos, o jornalista esportivo Juarez Soares. Ele lutava contra um câncer e estava se submetendo a sessões de quimioterapia. Segundo sua filha, Ana Júlia de Grammont, Juares sofreu uma parada cardíaca e chegou a ser socorrido, mas não sobreviveu.
Nascido em São José dos Campos, o China, como era carinhosamente chamado, iniciou a carreira como narrador esportivo aos 17 anos, na Rádio Cultura da cidade de Lorena. Em seguida, foi aprovado em um teste na Rádio Difusora, na capital paulista, estreando em agosto de 1961.
Sua carreira evoluiu quando se transferiu para a Rádio Tupi, levado por Pedro Luiz, um dos principais locutores esportivos da época. Juarez fez parte da “Equipe 1040” na Rádio Tupi, que marcou época no rádio esportivo brasileiro. Atuou como repórter na Rede Globo na década de 1970 até o início dos anos 80, participando da cobertura da emissora na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, e nessa época também foi locutor das rádios Globo e Excelsior.
Trabalhou muito tempo na TV Bandeirantes na equipe de Luciano do Valle, de onde foi demitido por politizar seus comentários. De 1996 a 1998, esteve na equipe esportiva do SBT. Torcedor confesso do Corinthians fez parte da equipe de esportes da Rádio Record e do programa Debate Bola, comandado na TV Record por Milton Neves.
Foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) por 21 anos, legenda pela qual elegeu-se em 1988 como o sexto vereador mais votado de São Paulo e o terceiro melhor do PT, com quase 40 mil votos. Após as eleições, aceitou o convite da Luiza Erundina para assumir como secretário dos Esportes da cidade de São Paulo. Nessa função, conseguiu trazer a Fórmula 1 de volta para o autódromo de Interlagos, que havia perdido anos antes para o autódromo de Jacarepaguá.
Foi ainda comentarista da Rádio Transamérica de São Paulo, comentarista de futebol na RedeTV e no programa Capital da Bola, pela Rádio Capital.
Era casado com a também jornalista Helena de Grammont.
É de Juarez Soares a frase “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.