O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Breno Altman, do portal Opera Mundi, a pagar uma indenização de R$ 20 mil por antissemitismo e danos morais coletivos devido a postagens que fez sobre o conflito entre Israel e o Hamas. A Justiça também determinou a remoção de cinco posts de suposto cunho racista contra judeus.

A Confederação Israelita do Brasil entrou na Justiça com um processo contra Altman, que é judeu, pedindo R$ 80 mil em indenização, a remoção de 20 posts e a desmonetização do perfil do jornalista, sob a justificativa de que o conteúdo ultrapassava os limites da liberdade de expressão e era antissemita. O juiz Paulo Bernardi Baccarat concluiu que grande parte das postagens não era racista, mas em algumas delas entendeu haver conteúdo antissemita, com o uso do termo “rato” em referência ao conflito contra o Hamas.

A defesa de Altman declarou que vai recorrer da decisão e afirmou que a postura do jornalista é contra o genocídio promovido pelo governo de Benjamin Netanyahu, e não contra o povo judeu. Entidades defensoras da liberdade de imprensa como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) se solidarizaram com Altman, afirmando que “apontar os crimes de Israel, estado sionista e delinquente, não é ‘antissemitismo’ nem racismo: é jornalismo”.

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