A Faculdade de Jornalismo da Universidade Columbia (EUA) anunciou os vencedores do Prêmio Maria Moors Cabot 2024, uma das mais importantes distinções de jornalismo no mundo. Entre os quatro vencedores está o fotojornalista brasileiro Lalo de Almeida.
Lalo vai receber o Maria Moors Cabot por seus 30 anos de trabalho no fotojornalismo, retratando ameaças ao meio ambiente e crises migratórias. Ao longo da carreira, fez fotografias marcantes, como as séries sobre a seca da Amazônia em 2023 e os incêndios no pantanal em 2020, ambas premiadas na World Press Photo, uma das mais prestigiosas premiações de fotojornalismo do mundo. Venceu também o Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo com o projeto Um Mundo de Muros, em 2017.
“Suas imagens nos mostram não apenas um mundo que vale a pena salvar, mas também refletem a empatia e o profundo respeito com que ele trata as histórias e as pessoas a quem ele dirige seu olhar”, diz o anúncio dos vencedores do Maria Moors Cabot.
Em entrevista para a Folha de S.Paulo, Lalo comentou sobre o reconhecimento: “Eu fico muito feliz com o fato do prêmio reconhecer a fotografia como um instrumento muito importante dentro do jornalismo, uma ferramenta de comunicação muito direta, muito eficiente”. Lalo se junta a um seleto grupo de jornalistas e publishers brasileiros vencedores do Maria Moors Cabot, como Adriana Zehbrauskas, Assis Chateaubriand, Carlos Lacerda, Clóvis Rossi, Dorrit Harazim, Eliane Brum, Fernando Rodrigues, José Hamilton Ribeiro, João Antonio Barros, Lucas Mendes, Mauri Konig, Merval Pereira, Miriam Leitão, Otavio Frias Filho, Patrícia Campos Mello, Paulo Sotero, Roberto Civita,Roberto Marinho e Rosental Calmon Alves, também premiados por sua atuação no jornalismo.
Em 2024, além de Lalo, também foram agraciados com o prêmio Carlos Ernesto Martínez, repórter investigativo do jornal El Faro, de El Salvador; John Otis, correspondente internacional da rádio NPR, dos Estados Unidos, e integrante do Comitê para a Proteção dos Jornalistas; e Frances Robles, repórter investigativa do The New York Times (EUA). As menções especiais foram para a organização de jornalismo investigativo InSight Crime e para Laura Zommer, jornalista argentina pioneira na verificação de fatos usando tecnologia e ferramentas de jornalismo digital.